Índia determina que companhias aéreas verifiquem interruptores de combustível em jatos Boeing

O órgão regulador da aviação da Índia ordenou que as companhias aéreas do país realizem inspeções nos interruptores de controle de combustível de aeronaves Boeing. A medida foi tomada após um acidente trágico com o voo 171 da Air India, que resultou na morte de 260 pessoas em junho. A investigação preliminar indicou que os interruptores podem ter contribuído para a tragédia ao cortar o fornecimento de combustível logo após a decolagem.

A Diretoria Geral de Aviação Civil (DGCA) estabeleceu o prazo até 21 de julho para que as inspeções sejam concluídas. A decisão segue a realização de verificações por parte de algumas companhias aéreas indianas e internacionais. Embora a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos tenha declarado que os interruptores são seguros, enfatizou a importância das inspeções.

Detalhes do Acidente

O relatório preliminar sobre o acidente revelou que os interruptores que controlam o fluxo de combustível para os motores foram acidentalmente movidos para a posição de "corte". Em gravações de voz da cabine, um dos pilotos questiona por que o combustível foi cortado, enquanto o outro nega a ação. A investigação não tem como objetivo atribuir culpa, mas sim entender as causas do incidente.

A FAA já havia emitido um aviso em 2018, recomendando que operadores de modelos Boeing inspecionassem a função de bloqueio dos interruptores de corte de combustível. Apesar disso, a Air India não havia realizado as inspeções, pois não eram obrigatórias. A DGCA agora exige que as companhias aéreas realizem os testes e apresentem os resultados.

Reações e Ações Futuras

Além das ações na Índia, a Coreia do Sul também está considerando ordens para que todas as companhias aéreas que operam com jatos Boeing verifiquem os interruptores de combustível. A Associação de Pilotos Comerciais da Índia defendeu a tripulação do voo 171, afirmando que os pilotos agiram de acordo com seu treinamento em condições desafiadoras e não devem ser criticados sem evidências concretas.