16 de jul 2025
Brasil busca alternativas para negociar tarifas impostas por Trump e reduzir custos
Estados Unidos impõem tarifa de 50% sobre produtos brasileiros; Brasil busca adiamento e isenções estratégicas em negociações comerciais.

Vice-presidente Geraldo Alckmin e presidente Lula durante evento em Brasília, em 14 de julho (Foto: Evaristo Sá/AFP)
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Os Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, anunciaram uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, gerando preocupações no Brasil e entre entidades comerciais. O governo brasileiro busca negociar um adiamento de 90 dias para a aplicação da taxa, que deve entrar em vigor em 1º de agosto.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediu ao governo que explore alternativas nas negociações. Especialistas sugerem que o Brasil pode buscar isenções para produtos estratégicos, como petróleo e minerais críticos, além de ampliar as discussões em áreas como tecnologia. Christopher Garman, da consultoria Eurasia, acredita que o ideal seria continuar as negociações mesmo após a implementação das tarifas.
"Você poderia isentar petróleo, minerais críticos. Há produtos dos quais os consumidores americanos dependem muito do Brasil", afirmou Garman, destacando que 30% do café consumido nos EUA vem do Brasil. Ele sugere que uma tarifa reduzida, como a de 20%, poderia ser mais viável para as empresas brasileiras.
Fabrizio Panzini, da Amcham, alerta que uma tarifa de 50% seria um obstáculo difícil de superar. Ele menciona que, com tarifas menores, as empresas conseguem negociar preços e manter mercado nos EUA. Representantes dos plantadores de café estão em negociações para classificar o grão como item estratégico, visando sua exclusão da lista de tarifas.
Possíveis Caminhos nas Negociações
Panzini também defende que o Brasil deve evitar retaliações e focar em uma agenda mais ampla, incluindo energia e minerais críticos. O país possui grandes reservas de terras raras, essenciais para a cooperação internacional. Brian Janovitz, advogado e ex-diretor de Economia Internacional da Casa Branca, sugere que o Brasil pode avançar nas negociações sobre tecnologia e considerar a redução de tarifas sobre etanol americano.
Essas discussões são cruciais para mitigar os impactos da tarifa e fortalecer as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
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