14 de jul 2025
Previ encerra investimentos na BRF devido a riscos na fusão com Marfrig
Previ encerra relação de 30 anos com a BRF ao vender participação de R$ 1,9 bilhão, levantando dúvidas sobre fusão com a Marfrig.

Previ embolsou R$ 1,9 bilhão com venda de participação na Marfrig (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)
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A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, zerou sua participação na BRF ao vender sua fatia de menos de 5% por R$ 1,9 bilhão. A decisão marca o fim de uma relação de mais de 30 anos com o frigorífico. A venda foi motivada por preocupações sobre a fusão da BRF com a Marfrig, que levou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a adiar a assembleia geral extraordinária sobre o tema.
A Previ, junto com o acionista Alex Fontana, herdeiro da Sadia, questionou a relação de troca de ações proposta na fusão. O fundo argumenta que essa relação não reflete adequadamente o valor da BRF, o que poderia resultar em perdas para os acionistas minoritários. Em comunicado, a Previ afirmou que a venda de sua posição foi feita em um "momento oportuno", citando incertezas no cenário macroeconômico e na futura política de proventos da nova empresa resultante da fusão.
A Previ destacou que a fusão introduz um cenário de incerteza quanto à política de dividendos, que já não era consistente para os acionistas da BRF nos últimos anos. Apesar de a Marfrig ter se mostrado uma pagadora de dividendos mais confiável, a Previ expressou preocupações sobre a governança e o elevado endividamento da nova companhia, considerando esses fatores incompatíveis com o perfil do seu Plano 1.
O montante obtido com a venda será investido em títulos públicos federais de longo prazo, como NTN-B, com taxa média de 7,45%. A BRF, por sua vez, anunciou que a Marfrig aumentou sua participação na empresa para 58,87% e ainda não definiu uma nova data para a assembleia que discutirá a fusão.
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