Rapper Oruam permanece preso após decisão judicial e investigações da polícia

O rapper Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, conhecido como Oruam, foi preso preventivamente após uma operação policial em sua residência, localizada no Joá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada de 21 de outubro. A ação visava apreender um adolescente de 17 anos, supostamente ligado ao tráfico de drogas e atuando como segurança de um chefe do Comando Vermelho.

Durante a abordagem, Oruam e sua noiva, Fernanda Valença, estavam com amigos em casa. O rapper publicou vídeos nas redes sociais, mostrando a presença policial e alegando abuso de autoridade. Ele afirmou que foi ameaçado com armas, incluindo fuzis, e que a operação ocorreu fora do horário permitido para cumprimento de mandados. "Eles estão na minha porta 23h", escreveu Oruam em uma de suas postagens.

A polícia, por sua vez, justificou a operação como parte de uma ordem de busca e apreensão. Após a confusão, o adolescente conseguiu fugir, enquanto Oruam lançou pedras contra os agentes. A Justiça decretou sua prisão preventiva, considerando a necessidade de garantir a ordem pública e a instrução criminal. O rapper enfrenta acusações de tráfico, associação para o tráfico, resistência qualificada, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.

Entrega e Consequências

Na manhã de 22 de outubro, Oruam se entregou à polícia, acompanhado de familiares e advogados. Ele prometeu provar sua inocência e afirmou que daria a "volta por cima" com sua arte. Após a prisão, foi transferido para o presídio de Benfica, onde aguardará audiência de custódia. A decisão judicial ressaltou a presença de indícios suficientes de autoria e a necessidade de manter a ordem pública.

As investigações continuam, e Oruam pode enfrentar uma pena de até 18 anos e seis meses de prisão. O caso levanta questões sobre a abordagem policial e os direitos dos indivíduos durante operações de segurança. A situação permanece em desenvolvimento, com a expectativa de novos desdobramentos nas próximas semanas.