22 de jul 2025
Artistas celebram tornozeleira e prestam homenagem a Preta Gil em Portugal
Festival Mimo em Amarante reflete sobre imigração e política, com homenagens a Preta Gil e críticas à medida cautelar de Bolsonaro.

Roda de samba do Casuarina em Amarante: 'Já tem tornozeleira, não pode entrar na internet nem sair depois das seis' (Foto: André Henriques/Divulgação/Mimo)
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O festival Mimo, realizado em Amarante, Portugal, destacou-se por celebrar a cultura brasileira e a imigração, enquanto abordou a recente medida cautelar que impõe o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o evento, artistas como Gabriel Azevedo e Juliana Linhares fizeram referências à situação do ex-presidente em suas apresentações.
No domingo, a roda de samba do grupo Casuarina atraiu centenas de pessoas no centro histórico de Amarante. O vocalista Gabriel Azevedo improvisou durante a apresentação, mencionando a tornozeleira eletrônica e fazendo alusão à restrição de acesso à internet e à proibição de sair após as 18h. A cantora Juliana Linhares também fez menção à medida em sua performance no palco principal, referindo-se à "homenagem à tornozeleira eletrônica".
Reflexões sobre a Imigração
A poeta Aja Monet, de Nova Iorque, trouxe à tona a história colonial de Portugal e os impactos da imigração. Em sua apresentação, ela afirmou: "Ok, Portugal, temos uma história feia, mas vamos encarar", enfatizando que o passado não pode ser mudado, mas o futuro sim. Aja, que é neta de cubana e defensora dos direitos dos imigrantes, destacou a importância de reconhecer as experiências de quem vive em situações de vulnerabilidade.
A morte de Preta Gil, aos 50 anos, também foi um momento marcante do festival. O público e os artistas prestaram homenagens emocionantes à cantora, que lutou contra o câncer. Nos bastidores, músicos como Carlos Malta e Pife Muderno evocaram seu nome durante uma jam session. O DJ Farofa, ao encerrar o Mimo na madrugada de segunda-feira, fez uma homenagem especial à artista.
O festival Mimo, portanto, não apenas celebrou a cultura brasileira, mas também se tornou um espaço de reflexão sobre temas sociais e políticos relevantes, unindo artistas e público em um diálogo sobre imigração, identidade e memória.
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