18 de jul 2025
Lula critica Congresso e Bolsonaro enquanto se prepara para 2026 em novo cenário político
Lula intensifica ataques a Bolsonaro e Trump, veta aumento de deputados e se posiciona como candidato à reeleição em meio a desafios políticos.

Presidente Lula participa da Cerimônia de abertura do 60º CONUNE – Congresso da União Nacional dos Estudantes em Goiânia (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou sua estratégia eleitoral, atacando Jair Bolsonaro e Donald Trump, enquanto vetou o aumento do número de deputados, alinhando-se ao sentimento popular. Pesquisas recentes mostram Lula à frente nas intenções de voto.
A retórica de Lula, que já incluía a defesa da "justiça tributária", ganhou força após o anúncio de Trump sobre tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O presidente brasileiro busca evitar prejuízos aos exportadores, enquanto promove a ideia de "soberania" em suas falas públicas. Durante eventos em Goiânia e Juazeiro, Lula chamou Bolsonaro de "traidor" e criticou sua ligação com os Estados Unidos.
Pesquisas indicam que 72% dos eleitores consideram que Trump errou ao impor tarifas, e 84% acreditam que governo e oposição devem se unir para defender o Brasil. Lula, que antes evitava se posicionar como candidato à reeleição, agora cobra da esquerda a eleição de mais deputados e senadores em 2024, em meio a dificuldades de governabilidade no Congresso.
Vetos e Reações
O veto ao aumento do número de deputados foi uma decisão polêmica, discutida em uma reunião no Palácio do Planalto. Embora a justificativa formal afirme que o projeto é inconstitucional e contraria o interesse público, a medida é vista como um recado político. A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães, eram contrários ao veto, temendo uma escalada de tensão com o Congresso.
O veto pode ser difícil de ser derrubado, já que requer apoio da maioria dos deputados e senadores. A contabilidade da aprovação anterior mostrou um placar apertado, e líderes do Senado preveem uma diminuição no número de apoiadores. Apesar das dificuldades, o líder da maioria na Câmara, Arlindo Chinaglia, acredita que a decisão de Lula traz benefícios políticos.
Lula segue com uma agenda de visitas pelo país, com foco em obras de infraestrutura e temas populares, enquanto se prepara para a Assembleia Geral da ONU. A estratégia busca reforçar a imagem de um presidente que "cuida do país", em um momento em que a popularidade e a governabilidade são cruciais para sua administração.
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