16 de jul 2025
Trump arrecada quase US$ 50 bilhões com tarifas, mas enfrenta retaliações de China e Canadá
EUA arrecadam quase US$ 50 bilhões com tarifas, mas retaliações são limitadas. A guerra comercial avança com ameaças a Brasil e México.

Trump pode comemorar: receitas dos EUA com tarifas alfandegárias atingiram um recorde de US$ 64 bilhões no segundo trimestre (Foto: Bloomberg)
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Quatro meses após o início da guerra comercial promovida pelo presidente Donald Trump, os Estados Unidos arrecadaram quase US$ 50 bilhões em receitas alfandegárias extras. A informação é do Financial Times, que destaca o impacto limitado das tarifas sobre os parceiros comerciais, com apenas China e Canadá retaliando.
As tarifas impostas por Trump incluem uma taxação de 50% sobre aço e alumínio e 25% sobre automóveis, além de uma tarifa recíproca de ao menos 10% a praticamente todos os países. No segundo trimestre, as receitas com tarifas atingiram um recorde de US$ 64 bilhões, um aumento de US$ 47 bilhões em relação ao ano anterior, conforme dados do Departamento do Tesouro.
Retaliações Limitadas
Embora as tarifas da China tenham sido as mais significativas, a receita total proveniente delas cresceu apenas 1,9% em maio. O Canadá, por sua vez, respondeu com um imposto sobre serviços digitais, mas ainda não divulgou dados do segundo trimestre. Outros parceiros comerciais, como a União Europeia, optaram por não retaliar, focando em negociações com os EUA.
A UE, maior bloco comercial do mundo, planeja tarifas de retaliação, condicionadas às negociações com Trump, que devem ser concluídas até 1º de agosto. A Comissão Europeia já preparou uma lista de 206 páginas com medidas que podem incluir tarifas sobre produtos como aeronaves da Boeing e automóveis.
Efeitos da Guerra Comercial
Economistas apontam que a falta de uma resposta unificada contra as tarifas de Trump evitou uma escalada de retaliações, semelhante àquela que prejudicou o comércio global entre as duas guerras mundiais. Alexander Klein, professor de história econômica, observa que considerações de curto prazo estão guiando as negociações, favorecendo a posição da Casa Branca.
Na última semana, Trump ameaçou impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, levando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a afirmar que o Brasil não aceitará tutelas. O México, maior parceiro comercial dos EUA, não retaliou após tarifas de 25% sobre exportações não cobertas pelo Acordo EUA-México-Canadá.
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