16 de jul 2025
Moradores denunciam falhas na ETE da Barra e pedem audiência com governador
CCBT exige respostas sobre falhas na ETE da Barra, que opera sem aceitação da Cedae. Moradores buscam audiência com o governo e MPRJ.

Vista aérea da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Barra da Tijuca, que passará a ter 50% a mais da capacidade atual (Foto: DIVULGAÇÃO)
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A Câmara Comunitária da Barra da Tijuca (CCBT), que representa 400 condomínios da região, divulgou um manifesto cobrando esclarecimentos sobre a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Barra. O documento se baseia em um laudo pericial de 2024, que aponta falhas na construção da ETE, inaugurada em 2009. Segundo o laudo, a Cedae nunca aceitou a obra devido a defeitos, resultando em tratamento inadequado do esgoto.
O manifesto destaca que, desde o início da operação, o esgoto lançado no emissário submarino não recebeu o tratamento primário exigido por lei. Delair Dumbrosck, presidente da CCBT, enfatiza a urgência da situação, afirmando que a Barra possui a maior rede hospitalar da cidade e que o esgoto precisa ser tratado adequadamente. Atualmente, a ETE passa por obras de reparação e ampliação sob a responsabilidade da concessionária Iguá, que assumiu os serviços de água e esgoto na área após o desmembramento da Cedae.
A CCBT também encaminhou uma denúncia ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que está em análise. A expectativa é conseguir uma audiência com o governador Cláudio Castro para discutir a questão. Dumbrosck menciona que a reunião deve contar com representantes do MPRJ e da Agenersa, a agência reguladora do setor. Os moradores pretendem solicitar que parte dos recursos obtidos com a venda da Cedae seja destinada à dragagem das lagoas da região.
Por contrato, a Iguá deve investir R$ 250 milhões na dragagem, mas orçamentos anteriores indicam que o valor necessário para o trabalho completo é de cerca de R$ 2 bilhões. A Agenersa informou que as questões relacionadas à operação da ETE estão sendo apuradas em um processo regulatório, e que eventuais penalidades serão decididas pelo conselho diretor.
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