15 de jul 2025
Mais da metade dos presos com fuzis no Rio já voltou às ruas em 2023
A escalada da violência no Morro dos Macacos gera pânico e fechamento de escolas, enquanto a polícia intensifica operações e apreensões.

Contra-ataque. Com fuzis, policiais militares patrulham a Avenida Itararé, em Ramos, perto do Complexo do Alemão (Foto: Márcia Foletto/09-07-2025)
Ouvir a notícia:
Mais da metade dos presos com fuzis no Rio já voltou às ruas em 2023
Ouvir a notícia
Mais da metade dos presos com fuzis no Rio já voltou às ruas em 2023 - Mais da metade dos presos com fuzis no Rio já voltou às ruas em 2023
Era por volta das 10h quando, há dois anos, estudantes de uma escola pública no Campinho, Zona Oeste do Rio, se refugiaram durante um tiroteio. Na ocasião, a Polícia Militar realizava uma operação que resultou na prisão de Igor Gomes Mateus, conhecido como Rugal, envolvido com o tráfico. Ele foi flagrado portando um fuzil Colt calibre 5,56 e, após ser solto por excesso de prazo, continuou atuando como “homem de guerra” do Terceiro Comando Puro (TCP).
Recentemente, a violência no Morro dos Macacos aumentou, com intensos confrontos entre facções rivais, resultando em mortes e fechamento de escolas. A Polícia Militar intensificou as operações na região, apreendendo fuzis e granadas. Somente neste ano, mais de 360 fuzis foram confiscados, utilizados por criminosos para dominar territórios.
O descompasso entre a legislação e a realidade é um dos principais desafios enfrentados pelas autoridades. A pena para quem porta armas de fogo varia de três a seis anos, independentemente do tipo de armamento. O advogado Bruno Langeani critica a ineficácia do Congresso em aumentar as penas para o porte de fuzis, que continuam a ser uma preocupação crescente.
No Morro dos Macacos, a guerra entre o Comando Vermelho e o TCP se intensificou, levando ao fechamento de nove escolas e à interrupção de serviços de saúde. Em uma operação recente, o traficante Pedro Paulo Lucas Adriano do Nascimento, conhecido como Titauro, foi morto em um confronto. A situação gerou pânico entre os moradores, que relatam tiroteios frequentes.
As operações policiais têm sido constantes, com a apreensão de armamentos e a prisão de suspeitos. O secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, destacou que essas ações visam combater organizações criminosas que ameaçam a segurança da população. A Polícia Civil também propôs endurecer as penas para quem for flagrado com fuzis, buscando uma resposta mais eficaz ao aumento da violência.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.