14 de jul 2025
Mauro Cid confirma ao STF que minuta golpista foi elaborada por Filipe Martins
Tenente coronel Mauro Cid revela minuta que previa prisão de ministros do STF, com alterações de Jair Bolsonaro. Filipe Martins nega envolvimento.

Tenente-coronel Mauro Cid, durante interrogatório no STF (Foto: Ton Molina/STF)
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O tenente-coronel Mauro Cid, em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), revelou que o ex-assessor Filipe Martins apresentou uma minuta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que previa a prisão de ministros do STF. Cid, que é réu no processo relacionado ao "núcleo crucial" da ação penal, afirmou que Bolsonaro solicitou alterações no documento, que inicialmente incluía a prisão de mais de um ministro. Após a reunião, Martins se dirigiu a Cid para fazer as modificações sugeridas pelo ex-presidente.
Cid detalhou que a minuta previa a prisão de ministros do STF e do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. No entanto, Bolsonaro teria pedido que o texto fosse alterado para incluir apenas a prisão de um ministro, que, segundo Cid, seria Alexandre de Moraes. O tenente-coronel, que fez um acordo de delação premiada, está colaborando com as investigações sobre as tentativas de reverter o resultado das eleições de 2022.
Negativas e Defesas
Filipe Martins nega qualquer envolvimento na elaboração da minuta e nas reuniões mencionadas por Cid. Sua defesa busca comprovar sua presença nos Estados Unidos durante a viagem de Bolsonaro em 30 de dezembro de 2022, já que Martins não estava na lista de passageiros. A defesa entrou com ações nos EUA para esclarecer sua situação.
Além de Cid e Martins, o ex-analista de inteligência do Ministério da Justiça, Clebson Ferreira de Paula Vieira, também foi ouvido. Ele confirmou que recebeu um pedido para levantar dados sobre as cidades onde Luiz Inácio Lula da Silva obteve mais votos no primeiro turno das eleições de 2022. As investigações, conduzidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), estão focadas nas tentativas de desestabilizar o resultado eleitoral.
O STF pretende julgar a trama golpista em setembro, com a expectativa de que a decisão ocorra ainda em 2025. A situação é complexa, envolvendo diferentes grupos e a necessidade de esclarecer as ações que visavam manter Bolsonaro no poder.



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