Marina Lima discute a morte assistida do irmão e suas convicções pessoais

Marina Lima participou do programa Conversa com Bial nesta segunda-feira (14) e abordou a morte de seu irmão, o poeta Antonio Cícero, que faleceu aos 79 anos após optar pela morte assistida na Suíça. A cantora, que teve uma longa parceria musical com Cícero, compartilhou como a decisão impactou sua vida e seu novo álbum.

Durante a entrevista, Marina revelou que Cícero não discutiu sua decisão com ninguém, temendo interferências. "Ele não conversou com ninguém sobre isso, porque acho que ele tinha medo que alguém interferisse", explicou. A cantora destacou a racionalidade e a determinação do irmão em relação à vida.

Marina também mencionou que, mesmo sem saber da decisão de Cícero, sentiu sua presença constante em seus shows. "Ele começou a aparecer em todos os shows. [...] Estava tão feliz, em todo show o homenageava", contou. A artista recordou que Cícero a contatou na véspera de sua morte, revelando sua escolha de forma direta, mas significativa.

Impacto da Doença

A cantora comentou sobre o diagnóstico de Alzheimer do irmão, que afetou sua lucidez e autonomia. "A doença trouxe desconforto para alguém que sempre valorizou a lucidez", afirmou. Marina também falou sobre a chegada dos 70 anos, que completará em setembro, e o novo álbum que está preparando, o primeiro desde a morte de Cícero.

Ela enfatizou que, mesmo sem a colaboração direta do irmão, sua presença permanece viva no novo projeto. "A morte do Cícero para mim, que era muito ligada a ele, é de uma potência. Ele está presente no disco, sim", concluiu.