- Keir Starmer afirmou aos membros do Labour, em congresso em Liverpool, uma luta pela “alma do país” contra a ultradireita de Reform, defendendo o controle da imigração irregular.
- Naquele dia chegaram 531 pessoas às costas inglesas através do Canal da Mancha.
- Medidas anunciadas pela ministra do Interior, Shabana Mahmood, aumentam o tempo para residência permanente para vinte anos, prevêem revisão a cada trinta meses e autorizam deportação de menores nascidos no Reino Unido.
- Até vinte deputados do Labour reagiram contra as propostas, chamando-as de cruéis e inadequadas, e criticando o governo.
- Especialistas e vozes da oposição destacam o dilema entre controle migratório e direitos humanos, discutindo impactos políticos e a necessidade de equilíbrio.
Na última semana, Keir Starmer convocou o Labour para defender a “alma do país” diante da ameaça representada pela ultraderecha de Reform, liderada por Nigel Farage. O discurso ocorreu durante o congresso do partido em Liverpool.
No mesmo dia, 531 pessoas chegaram às costas inglesas pelo Canal da Mancha, mostrando o debate sobre imigração em alta. Na semana anterior, a ministra do Interior, Shabana Mahmood, anunciou novas medidas para o tema, com foco em restringir o acesso e alterar prazos.
Medidas de imigração e reação
As mudanças elevam o tempo para residência permanente de 5 para 20 anos e instituem revisões a cada 30 meses para cada requerente de asilo, com possibilidade de deportação caso a avaliação indique fim do risco. Também prevêem a deportação junto aos pais de menores nascidos no Reino Unido. Internamente, cerca de vinte deputados já criticaram as propostas, classificando-as como duras e em tom próximo ao discurso de partidos de direita.
Analistas destacam que a posição do governo busca equilibrar controles com vias legais de entrada. Um dos críticos, ex-aliado do Labour, ressalta a necessidade de proteger crianças que já vivem no país. O governo defende que a estratégia visa conter imigração irregular sem abandonar princípios legais, enquanto resistem a pressões internas por políticas mais Brandas. A questão permanece central no debate público britânico.