- Jair Bolsonaro foi preso; não houve clamor popular nas ruas e o ambiente político em Brasília não se acendeu.
- Sanções impostas pelos Estados Unidos ao Judiciário brasileiro não surtiram efeito, conforme cenário analisado.
- O bolsonarismo aparece cada vez mais isolado, priorizando a defesa de Bolsonaro e perdendo apoio de segmentos da direita tradicional.
- A direita procura um candidato alternativo, com o senador Flávio Bolsonaro cogitado como nome provável, enquanto o campo radical busca aproximação com figuras da ultradireita internacional.
- O STF é visto como amadurecido institucionalmente, com especialistas destacando a polarização prevista para as eleições e a necessidade de linguagem democrática diante do dissenso.
Jair Bolsonaro foi preso em um desdobramento do caso que envolve suposta tentativa de golpe de Estado. O episódio ocorreu sem clamor popular nas ruas e sem reações amplas entre setores da direita tradicional. O ambiente político em Brasília permaneceu estável, com instituições atuando de forma firme.
Especialistas apontam que o bolsonarismo, isolado politicamente, experimenta queda de apoio entre evangélicos, segmentos do agronegócio e da bancada da bala. A percepção é de que há esforço de construção de uma alternativa de direita menos vinculada ao ex-presidente e mais ao Centrão, com vistas a 2026.
A possibilidade de candidatura de Flávio Bolsonaro ganha relevância entre as hipóteses observadas pelo cenário. O analista Eduardo Grin ressalta que o bolsonarismo tende a adotar uma pauta mais radical, aproximando-se de figuras da ultradireita internacional, o que pode ampliar a polarização eleitoral.
Paralelamente, o STF é visto como pilar institucional que amadurece o funcionamento democrático. Juristas destacam que a prisão decorre de investigações sobre a possibilidade de golpe, demonstrando resiliência do sistema judiciário e do Estado de Direito frente a crises políticas.
O episódio levanta questões sobre o papel das instituições e o uso da retórica religiosa na mobilização de eleitores. Observadores indicam que o campo político pode buscar lideranças da direita mais estrutural, para sustentar a competitividade em pleitos futuros.