- O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana, pediu a votação da convocação do ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, para esclarecer possível omissão em alerta sobre entidades ligadas a serviços a pensionistas.
- A votação está prevista para a próxima sessão, quinta-feira, vinte e sete.
- O material interno da AGU aponta irregularidades em organizações que atendem aposentados, entre elas o Sindnapi-FS, cuja vice-presidência é ocupada por José Ferreira da Silva; o Frei Chico aparece como vice-presidente de uma das entidades.
- A oposição acusa omissão de Messias ao bloquear bens de apenas parte das entidades citadas no relatório, enquanto outras foram deixadas de fora.
- Parlamentares dizem que o tema pode influenciar votos de Messias na possível vaga no Supremo Tribunal Federal e associam o desgaste político a mensagens de seletividade.
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana, anunciou que votará, nesta quinta-feira (27), a convocação do ministro da AGU, Jorge Messias. O objetivo é esclarecer suposta omissão no monitoramento de entidades ligadas a serviços a pensionistas, entre elas o Sindnapi-FS.
A iniciativa ocorre em meio a críticas sobre seletividade na atuação da AGU e a pressão política em torno do acordo para a possível vaga de Messias no STF. Parlamentares questionam se houve favorecimento a entidades próximas ao entorno do governo.
O caso envolve relatações de um levantamento interno da AGU que apontou irregularidades em organizações que prestam serviços a aposentados, incluindo o Sindnapi-FS, cujo vice-presidente é José Ferreira da Silva. O documento prevê medidas como cancelamento de convênios.
Desdobramentos
A defesa de Messias sustenta que a AGU adotou procedimentos compatíveis com as informações disponíveis. A oposição, no entanto, acusa o governo de omitir entidades nos bloqueios de bens, o que ampliaria a pressão sobre a Comissão.
Durante a sessão anterior da CPMI, o relator Alfredo Gaspar cobrou a presença de Messias com insistência. Ele afirmou que a comissão tem obrigação de ouvir o ministro para esclarecer os fatos.
O ministro já havia manifestado preocupação com o impacto político da investigação sobre a devolução de recursos aos aposentados. Em maio, relatou receio de que a CPMI atrapalhe o andamento das medidas de ressarcimento.