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Índia enfrenta desafio de descolonização digital

Amit Shah migra para Zoho Mail com 1,2 milhão de funcionários, fortalecendo soberania digital, mas suscita cautela sobre vigilância estatal

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Four men are standing in front of a display of silver laptops.
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  • Em outubro, o ministro do Interior da Índia, Amit Shah, migrou para o Zoho Mail, juntando-se a Ashwini Vaishnaw, Dharmendra Pradhan e 1,2 milhão de funcionários do governo no serviço.
  • A mudança faz parte da aposta nacionalista por soberania digital e redução da dependência do Ocidente, dentro da agenda Swadeshi.
  • O governo já promovera plataformas indígenas como Koo e Sandes como alternativas a redes internacionais, sob a bandeira de Atmanirbhar Bharat.
  • Analistas destacam o paradoxo entre a busca por autonomia digital e o potencial aumento do controle estatal sobre redes e mídia.
  • Críticos apontam riscos de instrumentalização tecnológica pela administração Modi, com impactos sobre privacidade, liberdade de expressão e diversidade de vozes.

A Índia intensificou o impulso para soberania tecnológica com foco em plataformas nacionais. Em outubro, o ministro do Interior, Amit Shah, migrou para o Zoho Mail, serviço de e-mail da Zoho Corp., somando-se a Ashwini Vaishnaw (Eletrônica e TIC) e Dharmendra Pradhan (Educação), além de 1,2 milhão de funcionários públicos. A mudança integra a aposta do governo por autonomia digital diante de ordens digitais dominadas pelo Ocidente.

A iniciativa faz parte da estratégia Atmanirbhar Bharat, que promove tecnologias nacionais como alternativa a serviços estrangeiros. O governo afirma ser parte de uma campanha mais ampla para reduzir dependências e ampliar o uso de soluções próprias em dados e comunicações. O objetivo declarado é ampliar a participação de plataformas nacionais no ecossistema digital.

Analistas destacam que a mensagem oficial busca fortalecer a soberania digital, mas há cautela sobre impactos em liberdades e em diversidade de vozes na internet. Críticos temem que o fortalecimento do controle estatal possa ampliar vigilância e censura, mesmo com o argumento de proteção de dados e autonomia tecnológica.

Contexto histórico e regulatório aponta para uma trajetória de maior controle sobre redes e mídia. Leis de 2021 e 2023 ampliam prerrogativas de monitoramento e interceptação, com propostas de regulamentação audiovisual sob supervisão de órgãos governamentais. Em paralelo, plataformas locais fortalecem a narrativa de soberania diante de fóruns internacionais.

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