- ICE amplia planos de terceirizar o rastreamento de imigrantes com firmas de vigilância privadas, derrubando o piloto de US$ 180 milhões.
- Alterações removem o teto de gastos, permitindo ganhos de até US$ 281,25 milhões por contratado e uma ordem inicial de US$ 7,5 milhões.
- O programa deixa de ser experimento e passa a operação com grandes equipes, incluindo envio de pacotes de dados sem acesso direto aos sistemas da ICE.
- Contratados receberiam preço fixo por caso, bônus por velocidade e precisão, com previsão de até cinquenta mil casos mensais de um total de 1,5 milhão de pessoas; o DoJ e outros componentes do DHS podem emitir ordens.
- Observações indicam que não haverá acesso aos sistemas internos da agência; em vez disso, serão enviados pacotes de dados contendo informações pessoais, mantendo vigilância privada fora do escrutínio público.
A ampliação do programa de fiscalização de imigrantes envolve a terceirização de tarefas de rastreamento a empresas privadas de vigilância. O ICE (Immigration and Customs Enforcement) reformulou a proposta, eliminando o piloto de 180 milhões de dólares e adotando um modelo sem teto de gastos com garantias multimillionárias por fornecedor. A mudança aponta para uma operação em escala maior, com equipes numerosas e envio de pacotes de dados sem acesso direto aos sistemas da agência.
Conforme os novos registros de contratação, os limites por fornecedor foram drasticamente elevados. Cada contratado pode receber até 281,25 milhões de dólares e há uma ordem inicial mínima de 7,5 milhões. O ajuste sinaliza que o ICE espera que empresas de alto nível operem como prolongamento da aplicação da lei federal, e não apenas como teste.
O escopo proposto prevê o processamento mensal de 50 mil casos, dentro de um conjunto de 1,5 milhão de pessoas. Agentes privados deveriam confirmar endereços de residência e trabalho por meio de visitas presenciais, além de consultar dados de fontes abertas e de corretores de dados comerciais. Os contratos preveem remuneração por caso, com bônus por velocidade e precisão.
Um ponto-chave da alteração é a restrição ao acesso direto aos sistemas do ICE. Os contratos passam a prever envio de pacotes de dados exportados, contendo informações sobre cada alvo, em vez de acesso a bases internas. Mesmo assim, a operação envolve volumes sensíveis de informações sobre indivíduos sob consideração de remoção.
O Departamento de Segurança Interna (DHS) não respondeu de imediato a pedidos de comentário sobre as mudanças. As novas filing papers indicam que o programa, antes visto como piloto, passa a ser tratado como um esforço de investimento institucional, com maior autonomia para operadoras privadas.