- Documento não publicado afirma que a Meta tolerou violações de conteúdo sexual envolvendo crianças (CSAM), com dezesseis avisos antes da suspensão, segundo depoimento da ex-chefe de segurança Vaishnavi Jayakumar.
- A oitiva aponta um “ponto de corte” elevado para suspensões, superior ao praticado por outras plataformas, segundo o testemunho.
- Documentos internos teriam confirmado a falta de um mecanismo específico para denunciar CSAM no Instagram, e Jayakumar disse ter levantado o problema várias vezes sem ação.
- O material integra uma ação civil movida por distritos escolares, procuradores-gerais e pais, que questiona efeitos das plataformas sobre saúde mental e segurança infantil.
- Mesmo após vencer disputa antitruste contra a Federal Trade Commission, a Meta enfrenta pressão regulatória e jurídica crescente relacionada à segurança de crianças na plataforma.
A documentação não publicada anteriormente aponta que a Meta tolerou violações de conteúdo sexual envolvendo crianças, com 16 avisos antes da suspensão de contas associadas a atividades de tráfico humano para fins sexuais. O depoimento da ex-chefe de segurança, Vaishnavi Jayakumar, sustenta que houve um limiar elevado para suspensões com base na frequência de violações.
Segundo o material não redigido, os registros internos também indicam falhas para reportar material de exploração infantil no Instagram. Jayakumar afirmou ter levantado a questão diversas vezes, mas foi orientada a considerar o trabalho de revisão como excessivo. A documentação citada envolve ainda o que seria considerado um patamar de punições muito alto.
O conjunto de alegações integra uma ação civil movida por distritos escolares, pais e agentes da AGs contra Meta e outras plataformas, em busca de responsabilização por impactos sobre saúde mental infantil e segurança online. A denúncia aponta que as plataformas teriam priorizado engajamento em detrimento da proteção de menores. O processo também envolve TikTok, Google e Snapchat.
Contexto e desdobramentos
O caso ocorre em meio a disputas regulatórias e a processos legais sobre moderação de conteúdo e segurança infantil. Meta já venceu disputa antitruste contra a FTC, mas enfrenta pressão crescente de reguladores. O depoimento de Jayakumar reforça perguntas sobre políticas de moderação e relatórios de incidentes envolvendo CSAM, segundo cobertura da Time e do The Verge. A atual documentação não publicada pode influenciar futuros desdobramentos jurídicos.
Fonte: documentos judiciais mencionados pela imprensa, com relatos de Vaishnavi Jayakumar. As informações constam de ações movidas por distritos escolares e entidades estaduais por danos alegados à saúde mental de menores. A empresa não comentou oficialmente este material não redigido.