- O presidente da Câmara, Hugo Motta, rompeu publicamente com o líder do PT, Lindbergh Farias, aumentando o atrito que pode atrasar pautas do governo no Congresso.
- O Planalto quer aprovar ainda este ano o Orçamento de 2026, a PEC da Segurança Pública, o PL Antifacção e indicar Jorge Messias para o STF, sem avisos formais a Lindbergh ou a Alcolumbre.
- A indicação de Messias ao STF irritou o Senado, com o presidente Davi Alcolumbre buscando definir cronograma e reagindo à iniciativa do Planalto.
- A prisão de Jair Bolsonaro intensificou a pressão pela anistia a apoiadores condenados pelo 8 de janeiro, dificultando a agenda legislativa do governo.
- O embate entre Motta, Lindbergh e Alcolumbre, juntamente com a retirada de espaço político junto ao centro, aumenta o risco de derrotas em votações-chave e de atrasos no orçamento e na LDO.
O anúncio de rompe entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o líder do PT, Lindbergh Farias, acentuou a tensão entre forças do Planalto, Senado e Câmara. O governo busca aprovar o Orçamento de 2026, a PEC da Segurança Pública, o PL Antifacção e indicar o ministro para o STF. A oposição pressiona por anistia a Bolsonaro.
A decisão de Motta veio após críticas de Lindbergh ao planilhamento das pautas e à condução do PL Antifacção. O atrito também envolve a negociação de ações do governo no Congresso e a resistência de parte do PSL ao acordo com o mandatário. O cenário tornou-se palco de desentendimentos públicos.
Paralelamente, o Senado vivencia ruídos: Alcolumbre, que não foi avisado da indicação de Jorge Messias para o STF, tenta manter posição sobre a escolha de ministros. A crise cresce com a ameaça de sabatina no mesmo dia e com a possibilidade de mudança de votações relevantes no plenário.
A indicação de Messias e a reação no Senado
A indicação de Messias ao STF, anunciada pelo Planalto, descontentou Alcolumbre, que defendia Rodrigo Pacheco para a vaga. O senador reagiu ao anúncio marcando prioridades distintas, como a votação da aposentadoria de agentes de saúde e a PEC que limita a reeleição a partir de 2028.
O impasse ampliou seixos entre Planalto e Senado. A oposição busca acelerar a sabatina e votação da indicação para impedir reorganização da base governista. Enquanto isso, a prisão de Jair Bolsonaro intensificou o debate sobre anistia a apoiadores condemados por 8 de janeiro.
O governo encara o desafio de aprovar o orçamento e a LDO de 2026, com calendário apertado e ambiente político tenso. A narrativa aponta que, se o relacionamento com o Congresso permanecer deteriorado, a gestão pode enfrentar derrotas estratégicas no Congresso.