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Planos da Trump Tower Belgrado violam leis, afirma sindicato de arquitetos

Governo sérvio aprova lei especial para reconstrução do Complexo Generalštab, visando substituí-lo pela Trump Tower Belgrade; protestos e investigações acompanham o desfecho

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Designed by the Serbian architect Nikola Dobrović, the complex was the target of NATO strikes in 1999 and was subsequently named a cultural monument of national importance Bojan Kovačević Architect
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  • O governo Sérvio firmou, no ano passado, acordo com empresas ligadas a Jared Kushner para demolir o Complexo Generalštab e erguer o Trump Tower Belgrade, um hotel e mistura de áreas comerciais e residenciais.
  • Em sete de novembro, deputados aprovaram lei especial que prioriza a reconstrução, determinando que autoridades adotem todas as medidas necessárias para a implementação.
  • O Generalštab, projeto de Nikola Dobrović concluído em mil novecentos e sessenta e cinco, é protegido por lei como monumento de importância nacional e já foi alvo de ataques da OTAN em mil novecentos e noventa e nove.
  • A União dos Arquitetos da Sérvia (UAS) afirma que a demolição violaria a constituição e várias leis nacionais, e pediu a Kushner que se retire do empreendimento.
  • Organizações internacionais de patrimônio e críticos realizam protestos; a Promotoria de Crime Organizado investiga tentativas de remoção do complexo do registro de patrimônio.

O complexo modernista Generalštab, projetado por Nikola Dobrović e concluído em 1965, está protegido por lei como monumento de importância nacional. Planos de demolição apontam para a construção de um empreendimento com a marca Trump, conhecido como Trump Tower Belgrade. A proposta seria apresentada como projeto de investimento.

No ano passado, houve um acordo entre o governo sérvio e empresas ligadas a Jared Kushner. As informações indicam que o empreendimento envolve responsabilidades públicas para acelerar a reconstrução e a transformação do espaço em uso misto com hotelaria, comércio e moradia.

Controvérsia e ações legais

Em 7 de novembro, deputados aprovaram uma lei especial que prioriza a reconstrução do complexo como tema de interesse nacional. Autores da medida argumentam que a iniciativa facilitará a atração de turistas e impulsionará o valor imobiliário de Belgrado.

Entidades de defesa do patrimônio questionam o movimento. A União dos Arquitetos da Sérvia afirma que a demolição violaria leis nacionais e comprometeria o registro de patrimônio. Uma carta aberta dirigida a Kushner pede a retirada de seus interesses do projeto.

Protestos e investigações também estão em curso. Estudantes e ativistas articulam ações públicas, enquanto a Procuradoria de Crimes Organizados investiga a suposta tentativa de remover o complexo do registro central de patrimônio.

A discussão internacional ganhou reforço de organizações como Europa Nostra e Icites. Entidades destacam a defesa do patrimônio cultural, do Estado de direito e da democracia na Sérvia, país candidato a ingressar na União Europeia.

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