- O governo Sérvio firmou, no ano passado, acordo com empresas ligadas a Jared Kushner para demolir o Complexo Generalštab e erguer o Trump Tower Belgrade, um hotel e mistura de áreas comerciais e residenciais.
- Em sete de novembro, deputados aprovaram lei especial que prioriza a reconstrução, determinando que autoridades adotem todas as medidas necessárias para a implementação.
- O Generalštab, projeto de Nikola Dobrović concluído em mil novecentos e sessenta e cinco, é protegido por lei como monumento de importância nacional e já foi alvo de ataques da OTAN em mil novecentos e noventa e nove.
- A União dos Arquitetos da Sérvia (UAS) afirma que a demolição violaria a constituição e várias leis nacionais, e pediu a Kushner que se retire do empreendimento.
- Organizações internacionais de patrimônio e críticos realizam protestos; a Promotoria de Crime Organizado investiga tentativas de remoção do complexo do registro de patrimônio.
O complexo modernista Generalštab, projetado por Nikola Dobrović e concluído em 1965, está protegido por lei como monumento de importância nacional. Planos de demolição apontam para a construção de um empreendimento com a marca Trump, conhecido como Trump Tower Belgrade. A proposta seria apresentada como projeto de investimento.
No ano passado, houve um acordo entre o governo sérvio e empresas ligadas a Jared Kushner. As informações indicam que o empreendimento envolve responsabilidades públicas para acelerar a reconstrução e a transformação do espaço em uso misto com hotelaria, comércio e moradia.
Controvérsia e ações legais
Em 7 de novembro, deputados aprovaram uma lei especial que prioriza a reconstrução do complexo como tema de interesse nacional. Autores da medida argumentam que a iniciativa facilitará a atração de turistas e impulsionará o valor imobiliário de Belgrado.
Entidades de defesa do patrimônio questionam o movimento. A União dos Arquitetos da Sérvia afirma que a demolição violaria leis nacionais e comprometeria o registro de patrimônio. Uma carta aberta dirigida a Kushner pede a retirada de seus interesses do projeto.
Protestos e investigações também estão em curso. Estudantes e ativistas articulam ações públicas, enquanto a Procuradoria de Crimes Organizados investiga a suposta tentativa de remover o complexo do registro central de patrimônio.
A discussão internacional ganhou reforço de organizações como Europa Nostra e Icites. Entidades destacam a defesa do patrimônio cultural, do Estado de direito e da democracia na Sérvia, país candidato a ingressar na União Europeia.