- A Primeira Turma do STF referendou, por unanimidade, a prisão decretada por Alexandre de Moraes, mantendo a prisão preventiva de Jair Bolsonaro.
- Moraes havia sugerido a hipótese de fuga do ex-presidente, com possibilidade de ele tentar se refugiar na Embaixada dos Estados Unidos.
- Bolsonaro está detido em cela especial na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, após decisão tomada no sábado.
- Bancadas evangélica e católica no Congresso criticaram a medida, alegando violação de direitos e impactos políticos, cobrando respeito ao devido processo legal.
- As lideranças religiosas destacaram tensões políticas e defenderam a necessidade de cooperação institucional, paz e dignidade humana no ambiente público.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente em Brasília após a Polícia Federal apontar risco de fuga e possível violação da tornozeleira eletrônica. A prisão ocorreu na manhã de sábado, durante o cumprimento de mandado, e ele está em celas especiais da superintendência da PF na capital federal. Moraes decretou a prisão com base nos indicativos de fuga.
A decisão foi mantida pelo ministro Alexandre de Moraes, que é relator do caso. Nesta segunda-feira, a Primeira Turma do STF referendou por unanimidade a prisão decretada, consolidando a medida. Moraes chegou a cogitar a hipótese de o ex-presidente buscar refúgio na Embaixada dos EUA, em Brasília.
As bancadas evangélica e católica no Congresso criticaram a prisão, afirmando violar direitos fundamentais e ampliar a instabilidade política. Alegam que o indivíduo, principalmente por idade e saúde, merece amplo respeito às garantias constitucionais e o devido processo legal.
Reações no Congresso
A Frente Parlamentar Evangélica destaca que a decisão pode acentuar tensões e prejudicar a pacificação social. Segundo a bancada, medidas sem observância adequada da proporcionalidade agravam a divisão política e minam a confiança nas instituições.
A Frente Parlamentar Católica também se posicionou contra a prisão, chamando-a de truculência. Parlamentares afirmam que a decisão reflete violência institucional e apontam que a justiça deve pautar-se pela dignidade humana e pelo Estado de Direito.
O caso envolve ainda o debate sobre equilíbrio entre segurança, direitos e estabilidade institucional. O STF confirmou a atuação de Moraes, que reiterou a necessidade de garantir o contraditório, a ampla defesa e as garantias constitucionais no processo.