- Prisão preventiva de Jair Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, citando risco de fuga e a vigília convocada por aliados.
- Aliados da oposição classificaram a decisão como abuso de autoridade e ruptura institucional, argumentando perseguição política.
- Sóstenes Cavalcante afirmou que Moraes age com “psicopatia em alto grau” e que a prisão ocorreu por causa da vigília, não por crime comprovado.
- Rogério Marinho acusou uso de “culpa por associação” e de conceitos como “risco democrático” para justificar a medida sem lastro jurídico sólido.
- Outros aliados destacaram questões de saúde de Bolsonaro; Sergio Moro mencionou sequelas da facada, e Ciro Nogueira falou em solidariedade e martírio.
A prisão preventiva de Jair Bolsonaro foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, sob a justificativa de risco de fuga e do impacto da vigília organizada por aliados. A decisão ocorreu no contexto de investigações em curso e gerou forte reação de setores da oposição, que afirmam violação de garantias constitucionais e abuso de autoridade. O caso acirrou a tensão institucional e acelerou debates sobre o equilíbrio entre poder de investigação e direitos individuais.
Bolsonaro permanece sob custódia em local não informado, enquanto a defesa contesta os fundamentos jurídicos do decreto. O episódio intensifica a polarização e coloca em evidência divergências sobre a atuação do STF e a percepção de perseguição política por parte de aliados do ex-presidente. A vigília mencionada pela defesa é apontada por opositores como elemento de pressão pública que influenciou o rumo da decisão.
Reações dos aliados
Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, criticou Moraes, apontando uso excessivo de poder. Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, questionou a base legal da prisão e sustenta que a decisão pode violar garantias do Estado de Direito. Bia Kicis chamou a medida de injustiça, assim como Carol De Toni, que descreveu o ato como um dos maiores absurdos da justiça brasileira. Zucco afirmou que a prisão tenta calar Bolsonaro, mas não o movimento que ele liderou. Mourão, ex-vice, afirmou que a detenção não se sustenta sob critérios legais, destacando que a transferência para a sede da PF sinaliza arbitrariedade.
Outros aliados enfatizaram questões de saúde de Bolsonaro. Sergio Moro destacou sequelas da facada e comparou com casos que resultaram em medidas alternativas, como a prisão domiciliar. Ciro Nogueira expressou solidariedade, descrevendo o momento como martírio e ressaltando que mitos não sucumbem a violências. As declarações evidenciam o alinhamento com a linha de crítica a Moraes e ao STF, mantendo tom de defesa institucional sem incitar agressões ou desrespeito às instituições.