- Marjorie Taylor Greene, representante MAGA do GA-14, anunciou surpresa de renúncia a partir de 5 de janeiro, abrindo eleições extraordinárias em até 10 dias.
- A decisão afeta o equilíbrio da Câmara e aproxima-se de atritos com Trump e com o líder Mike Johnson.
- Greene tinha sido alvo de críticas de Donald Trump, que a chamou de traidora e chiflada, por apoiar a desclassificação de papéis de Epstein e críticas à política externa.
- Em seu anúncio, a congressista citou, entre motivos, o encerramento histórico da Administração e o atrito com Johnson por manter a legisladora em receso.
- Quem vencer as eleições extraordinárias ocupará o mandato até janeiro de 2027; o governador Brian Kemp deve convocar o pleito nos próximos dias.
Marjorie Taylor Greene, deputada republicana pelo distrito 14 de Geórgia, anunciou nesta sexta-feira sua renúncia do cargo, com efeito a partir de 5 de janeiro. A decisão abre espaço para eleições extraordinárias em até 10 dias. O anúncio ocorreu em meio a um acúmulo de atritos com a liderança da Câmara e com o presidente Donald Trump.
Greene, figura central do segmento MAGA, tem sido alvo de críticas por defender teorias conspiratórias e por seu posicionamento político que rompeu com parte da linha de liderança do GOP. O anúncio ocorreu após episódios que envolveram disputas internas, incluindo ações da Câmara para conter sua atuação e debates sobre desclassificação de papéis vinculados a Epstein.
Contexto político
O afastamento de Greene pode alterar o equilíbrio de votos na Câmara, já fragilizado pela posição de Trump em relação a alianças e prioridades legislativas. A renúncia também aproxima o peso de Georgia de um novo ciclo eleitoral, com consequências para a relação entre o governador e a bancada conservadora.
A renúncia exige que o governador republicano Brian Kemp convoque eleições extraordinárias, com candidatos disputando o cargo até o início de 2027. O resultado pode influenciar a composição de comissões e o alinhamento entre os conservadores e a agenda de políticas públicas.
Desdobramentos esperados
No curto prazo, o quadro aumenta a incerteza institucional na Câmara, que deverá votar para reorganizar áreas de atuação após a saída de Greene. A notícia também acende especulações sobre impactos nas campanhas de 2026 e o equilíbrio entre o interesse distrital de GA-14 e as demandas de um partido em processo de reorganização.