- Bolsonaro foi preso preventivamente em Brasília por determinação do ministro Alexandre de Moraes, após suspeita de rompimento da tornozeleira eletrônica e risco de fuga durante vigília de apoiadores.
- O ex-presidente foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília; a audiência de custódia ficou marcada para domingo e a sessão de referendar a decisão no STF para segunda.
- Moraes informou que houve indício de tentativa de fuga, com a hipótese de buscar abrigo na Embaixada dos Estados Unidos; uma cela especial foi preparada na PF.
- Lula não comentou a decisão, afirmando, em Joanesburgo, que a Justiça decidiu e que o ex-presidente cumprirá a pena; houve tensão diplomática com os EUA após a ONU.
- Bolsonaro tem visitas restritas no momento, apenas de advogados e da equipe médica que o acompanha.
A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, ocorreu após a PF indicar risco de fuga e possibilidade de rompimento da tornozeleira durante vigília de apoiadores. Bolsonaro foi levado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília na manhã de sábado.
A decisão foi tomada a partir de solicitações da Polícia Federal, que apontou indícios de tentativa de fuga. Moraes marcou audiência de custódia para este domingo, às 12h, e uma sessão da Primeira Turma do STF para referendar a medida na segunda-feira (24).
Bolsonaro permanece com visitas restritas e está sob custódia desde as primeiras horas do dia. Uma cela especial foi preparada na PF para o ex-presidente, que passou por exame de corpo de delito antes da internação na instituição.
Detalhes da operação e local
A transferência ocorreu por volta das 6h35 de sábado, na capital federal. A vigilância de apoiadores, iniciada na véspera, foi apontada como circunstância relevante para a prisão. Não houve informações sobre a data de início da pena.
Reações e próximos passos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o tema sem dar detalhes em Joanesburgo, na África do Sul, durante o G20. O caso também repercutiu internacionalmente, com declarações de aliados e críticos sobre a independência do Judiciário brasileiro.
Moraes e o STF pretendem referendar a prisão na sessão agendada para segunda-feira, com a confirmação da custódia e das medidas cautelares. Até lá, Bolsonaro permanece sob custódia, com avaliação médica e apoio de advogados.