- Prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, foi cumprida pela Polícia Federal na manhã de hoje, por volta de 6h35, na Superintendência da PF em Brasília.
- A medida não representa o início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado, ainda pendente de julgamento final no STF.
- Reações da esquerda foram positivas; lideranças citadas destacaram a atuação, enquanto Lula não se manifestou, pois participa da Cúpula do G20 na África do Sul.
- Entre os fundamentos citados para a prisão estão a convocação de uma vigília de viés golpista por Flávio Bolsonaro e a fuga de Alexandre Ramagem para os Estados Unidos.
- Parlamentares ressaltaram a defesa da democracia e a validade de medidas contra quem atenta contra o Estado de direito.
A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro foi efetivada pela Polícia Federal na manhã deste sábado, por volta das 6h35, na Superintendência da PF em Brasília. A medida, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, não configura início de cumprimento de pena, que soma 27 anos e três meses por tentativa de golpe. A prisão ocorreu após decisão judicial em contexto de riscos à ordem democrática.
Ao longo do dia, líderes da esquerda elogiaram a atuação das autoridades e destacaram o papel da PF e do STF. O momento também gerou críticas de apoiadores, que questionaram os desdobramentos institucionais. A respeito de eventual manifestação pública, o presidente Lula não comentou ainda; ele participa da Cúpula do G20 na África do Sul.
Reações políticas
Entre parlamentares, Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que Bolsonaro busca tensionar o ambiente político mesmo em prisão domiciliar, enquanto José Guimarães (PT-CE) classificou o episódio como histórico e disse que quem investiu contra a democracia deve responder. Marcelo Freixo (PT-RJ) elogiou a atuação da PF e destacou elementos que fundamentaram a prisão. Talíria Petrone (PSOL-RJ) disse ter ficado surpresa com a notícia, e Erika Hilton (PSOL) celebrou a prisão. Érika Kokay (PT-DF) associou o ato a impactos passados, e Rui Falcão e Orlando Silva destacaram a importância da democracia no dia. Túlio Gadelha ironizou situações envolvendo familiares do ex-presidente.