- Christian Tein, líder Kanak pró-independência, afirma que a França não reemitiu seu passaporte, atrasando o retorno à New Caledônia após a prisão.
- Ele foi preso em junho de dois mil e vinte e quatro em New Caledônia, acusado de instigar protestos violentos; nega as acusações, incluindo cumplicidade em tentativa de homicídio e roubo organizado.
- Tein foi transferido para a França em avião particular e permaneceu encarcerado até junho de dois mil e vinte cinco; em outubro, tribunal de apelação de Paris autorizou seu retorno, com a maioria das acusações rejeitadas.
- Atualmente reside na Alsácia e permanece sob investigação formal por conspiração e roubo organizado, também negando as acusações.
- No âmbito político, rejeita o acordo Bougival, mas afirma a necessidade de estar à mesa para discutir o futuro da Kanaky (Nova Caledônia).
Christian Tein, líder indígena Kanak, permanece no centro de acusações ligadas à instabilidade política em Nova Caledônia e aos desdobramentos legais ocorridos desde 2024. Após a prisão em junho do ano passado, ele foi transferido para a França e ficou detido até junho deste ano. Com grande parte das acusações abandonadas em outubro, o impacto do caso continua: Tein afirma que o governo francês não reemitiu seu passaporte, dificultando o retorno ao território.
Segundo Tein, o atraso na emissão do passaporte não é acidental e o impede de retornar a Kanaky. A presidente do território e outros agentes locais ainda discutem as implicações legais do caso, enquanto Tein permanece sob investigação formal por conspiração e roubo organizado, denúncias que ele nega. Atualmente ele reside na região de Alsácia, no nordeste da França.
Contexto e desdobramentos
Tein foi preso em meio a protestos pró-independência em junho de 2024, após ataques nas manifestações que eclodiram no mês anterior. O governo francês ressaltou medidas de segurança na época, incluindo o envio de forças de ordem para o arquipélago. Após a prisão, boa parte das acusações foi retirada pela Justiça francesa, abrindo caminho para a possibilidade de retorno de Tein, caso a documentação necessária seja regularizada.
Guillaume Vama, outro ativista kanak, viajou junto na mesma operação de transferência para a França e relatou violência durante o deslocamento. O caso também envolve autoridades locais que estudam como equilibrar a soberania de Nova Caledônia com a administração francesa.
Na França, ministérios responsáveis pelas coletividades ultramarinas e pela Justiça foram consultados para esclarecer o status do passaporte de Tein. Não houve divulgação de novas declarações oficiais até o momento. O desfecho do caso permanece dependente de procedimentos administrativos e de procedimentos legais em curso.