- A indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal está sendo acompanhada da sabatina no Senado.
- A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS (CPMI) apura fraudes contra aposentados e quer ouvir Messias antes da sabatina.
- A Advocacia-Geral da União (AGU) nega ter protegido um sindicato ligado ao irmão do presidente, dizendo que ações judiciais partiram de investigações da Polícia Federal.
- Um alerta interno na AGU, na região Sul, recomendava a suspensão de convênios com o INSS; a ação judicial ocorreu apenas em setembro.
- A oposição usa o caso para questionar a independência de Messias e criar desgaste político durante o processo de aprovação.
A indicação de Jorge Messias ao STF, feita pelo presidente Lula, volta a ganhar contornos de polêmica. Parlamentares acusam a AGU de ter ignorado alertas internos sobre um sindicato ligado ao irmão do presidente, suspeito de fraudes. A CPMI do INSS, que acompanha fraudes contra aposentados, também solicita que Messias preste esclarecimentos antes da sabatina no Senado, etapa essencial para a nomeação.
Segundo a defesa da AGU, não houve proteção ao sindicato. O órgão diz que as ações judiciais iniciais partiram de investigações da Polícia Federal sobre corrupção e uso de laranjas e que o sindicato citado não integrava esses primeiros desdobramentos. A CGU, em momento posterior, abriu novos processos envolvendo o grupo.
A polêmica ganha reforço à medida que Messias passa pela sabatina no Senado, etapa obrigatória para a nomeação ao STF. A oposição utiliza o tema para questionar a independência do indicado e aumentar o desgaste político em torno da confirmação.
Um alerta interno, originário da região Sul da AGU, apontou o crescimento de ações judiciais movidas por aposentados contra o sindicato. O relatório recomendou a suspensão de convênios entre a entidade e o INSS, mas a ação judicial só foi ajuizada em setembro deste ano.
O conteúdo é tema de discussões sobre influência de estruturas da AGU em casos envolvendo entidades ligadas a familiares de autoridades. A CPMI do INSS investiga procedimentos que podem, segundo suspeitas, ter contribuído para fraudes contra beneficiários.
As informações indicam que o caso foi reavivado pela proximidade da sabatina e pela pressão de oposicionistas que buscam esclarecer a independência de Messias. O desenlace depende de novas declarações, prazos de diligências e da avaliação do Senado.