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Obra da COP30 ignora área alagada e depende de serviços para conclusão dos canais

Moradores do canal São Joaquim enfrentam alagamentos e exclusão das obras de macrodrenagem, que estão sob investigação por corrupção.

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Canal do Benguí em Belém, próximo a área reformada, com moradores expressando queixas sobre exclusão nas melhorias (Foto: Reprodução)
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  • A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) ocorrerá em Belém, com obras de macrodrenagem financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que custam mais de R$ 1 bilhão.
  • Moradores da periferia, especialmente do canal São Joaquim, relatam exclusão das obras e aumento dos alagamentos nas áreas vizinhas.
  • Apesar do governo afirmar que 94% das obras estão concluídas, os moradores sentem-se negligenciados, pois o canal São Joaquim não recebeu intervenções.
  • O consórcio responsável pelas obras, J A Construcons, está sob investigação por corrupção e lavagem de dinheiro, com a Polícia Federal apurando um esquema envolvendo o deputado federal Antônio Doido (MDB-PA).
  • Os moradores aguardam melhorias, como a dragagem do canal, orçada em R$ 1.413.071,00, mas até o momento não houve progresso visível na área.

A COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, se aproxima em Belém, enquanto o Governo do Pará realiza obras de macrodrenagem com financiamento do BNDES superior a R$ 1 bilhão. No entanto, moradores da periferia, especialmente do canal São Joaquim, relatam exclusão das intervenções e aumento de alagamentos nas áreas vizinhas.

Com apenas 40 dias até a chegada de líderes mundiais, a situação se agrava. Embora o governo afirme que 94% das obras estão concluídas, moradores do canal São Joaquim, que abriga famílias de baixa renda, sentem-se negligenciados. Eles observam que as obras em canais adjacentes, como os de Benguí e Marambaia, não resolveram os problemas de alagamento e, em alguns casos, pioraram a situação.

O governo paraense declarou que as etapas do projeto incluem dragagem e manutenção contínua, prometendo uma “solução definitiva” para os alagamentos. Contudo, moradores afirmam que nada foi feito no canal São Joaquim, que está previsto no projeto, mas ainda não recebeu intervenções. Documentos indicam que a dragagem do canal está orçada em R$ 1.413.071,00.

Investigações e Polêmicas

As obras estão sendo realizadas pelo consórcio J A Construcons, que enfrenta investigações por corrupção e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal investiga um esquema que envolve o deputado federal Antônio Doido (MDB-PA), apontando que a empresa recebeu R$ 633 milhões do governo de Helder Barbalho entre 2020 e 2024. A defesa da empresa não se manifestou sobre as acusações.

Enquanto isso, os moradores do canal São Joaquim esperam por melhorias prometidas, como a elevação do nível do canal para evitar alagamentos. A placa das obras está visível, mas as máquinas ainda não chegaram à área. A situação é crítica, com relatos de que as intervenções em andamento podem estar contribuindo para o aumento dos alagamentos na região.

As obras de macrodrenagem em Belém, embora necessárias, revelam um cenário de exclusão e descontentamento entre os moradores mais vulneráveis, que aguardam soluções efetivas para seus problemas.

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