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Japão discute política antinuclear diante de tensões com a China

Japão avalia revisar doutrina nuclear e aumentar gasto militar acima de dois por cento do PIB, enquanto tensiona com a China e discute autodefesa coletiva

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Guillermo Abril
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  • A primeira ministra Sanae Takaichi reabre o debate sobre a política antinuclear do Japão, considerando revisar a doutrina dos três não.
  • A possível mudança pode levar ao aumento do gasto militar acima de dois por cento do PIB e a reavaliação da autodefesa coletiva.
  • O Partido Liberal Democrático discute documentos de defesa e prevê revisar a Estratégia de Segurança Nacional até o fim de dois mil e vinte e seis.
  • A tensão com a China em relação a Taiwán cresce; Trump ligou para Takaichi após conversas com Xi, destacando a aliança entre Japão e Estados Unidos.
  • Nihon Hidankyo, grupo de sobreviventes das bombas atômicas, protestou, pedindo continuidade dos três princípios antinucleares e sua transformação em lei.

A premiê japonesa Sanae Takaichi abriu o debate sobre a política nuclear do país, sinalizando a possibilidade de revisar a doutrina dos três não e ampliar o gasto militar acima de 2% do PIB. A medida pode alterar a postura de defesa de Japão e ampliar o foco na autodefesa coletiva, em meio a tensões com China e Coreia do Norte.

A medida ocorre em meio a negociações internas do Partido Liberal Democrático (PLD) sobre a Estratégia de Segurança Nacional e demais diretrizes de defesa. Takaichi assumiu a liderança do governo há cerca de um mês e já defende acelerar o aumento do orçamento militar, além de revisar a doutrina atômica.

Entre os temas em discussão estão os três princípios antinucleares: não possuir, não produzir e não permitir armas nucleares em território japonês. O governo estima discutir propostas para feed o debate até o fim de abril, com uma revisão prevista para o fim de 2026. A pressão por segurança regional cresce com o aumento da atuação chinesa.

Desdobramentos diplomáticos

Nihon Hidankyo, principal grupo de sobreviventes dos bombardeios, protesta contra a revisão nuclear, defendendo a manutenção dos princípios e a não proliferação. As mudanças ocorrem em um momento de intenso relacionamento entre EUA, Japão e China, com telefonemas entre Trump e Takaichi, e entre Xi Jinping e Trump sobre Taiwan.

A reação internacional também envolve a expectativa de que o Japão possa ampliar o conceito de autodefesa coletiva, abrindo caminho para uma atuação mais pró-ativa das Fuerzas de Autodefensa. O governo aponta como contexto a competição regional com China e a instabilidade na península coreana, além do reflexo da relação com os EUA.

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