- O chefe militar do Hezbollah, Haytham Ali Tabatabai, foi assassinado no domingo; o funeral ocorreu na segunda-feira, com milhares de seguidores em Beirute e Ghobeiri.
- Mesmo com a trégua vigente desde novembro de 2024, Israel mantém bombardeios diários no sul e no leste do Líbano, enquanto o Hezbollah não ordenou ataques em doze meses.
- O ataque sinaliza uma escalada militar inédita durante a trégua e gera incerteza sobre a resposta da milícia, elevando tensões entre militantes e civis.
- Protests e mobilização de apoiadores ocorreram em Beirute e Ghobeiri, em meio a uma atmosfera de medo e desamparo entre comunidades locais.
- Discursos do Hezbollah mostraram frustração e pressão, com o líder do Conselho Executivo, Ali Daamoush, fazendo pronunciamentos, enquanto o secretário-geral Naim Qassem permaneceu ausente.
Beirute viveu um ataque político relativo à liderança do Hezbollah, com o assassinato de Haytham Ali Tabatabai, chefe militar do grupo, no domingo. O ataque ocorreu no subúrbio de Beirute, em Haret Hreik, e matou Tabatabai e mais quatro pessoas, além de deixar 28 feridos. O funeral ocorreu na segunda-feira, intensificando a onda de tensão na região.
O atentado, ocorrido durante a trégua vigente desde novembro de 2024, representa uma escalada inédita durante o cessar-fogo. Israel tem mantido bombardeios diários no sul e leste do Líbano como retaliação à recusa de desarme pela milícia, que, por sua vez, não ordenou ações em 12 meses. A situação coloca as instituições libanesas e a população sob pressão, com protestos e mobilização de seguidores em Beirute e Ghobeiri.
Contexto e desdobramentos imediatos
Seguidores do Hezbollah consolidaram a presença no local do ataque, em meio a tensões entre militantes e civis. Líderes e membros do movimento chiita passaram a reforçar a vigilância, enquanto a imprensa local questiona as escolhas da milícia sem registrar uma resposta оружа. Em Ghobeiri, engenheiros e residentes acompanham a investigação e a reconstrução de infraestrutura atingida no conflito anterior.
Entre os relatos de moradores, destaca-se a percepção de fragilidade institucional frente aos bombardeios diários. Estima-se que a violência recente aumentou a sensação de insegurança entre civis e gerou debates sobre o equilíbrio entre defesa do grupo e proteção de comunidades não alinhadas com o Hezbollah. A expectativa é de que a milícia avalie seus próximos passos diante do cenário atual.