- Xi Jinping informou a Donald Trump que as reivindicações sobre Taiwan permanecem inalteradas e que o retorno de Taiwan à China faz parte da ordem internacional pós‑guerra.
- A ligação tratou de Ucrânia e de relações comerciais, com avanços esperados nas negociações sobre terras raras e soja; visitas de líderes estão previstas para 2026.
- O acordo de comércio alcançado em outubro, na Coreia do Sul, é visto como impulso para manter o momentum nas relações sino‑americanas.
- Países discutiram o andamento de acordos atuais, com expectativa de compra de pelo menos 12 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos neste ano e 25 milhões em 2026; tarifas também devem ser ajustadas.
- A conversa sinalizou retorno de impulso nas relações entre China e Estados Unidos após a reunião na Coreia do Sul.
O presidente chinês, Xi Jinping, informou ao líder americano, Donald Trump, que as reivindicações da China sobre Taiwan permanecem inalteradas e que o retorno da ilha à China é parte da ordem internacional criada após a Segunda Guerra Mundial. A conversa ocorreu em meio a tensões diplomáticas envolvendo Taiwan e outras pautas regionais.
Segundo a linha de comunicação divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da China, a ligação também abordou a guerra na Ucrânia e confirmou a necessidade de manter a trégua comercial entre Beijing e Washington. O comunicado ressalta ainda avanços considerados significativos nas negociações sobre minerais de terras raras e soja.
Além disso, Xi afirmou que visitas de lideranças estão previstas para 2026 e que houve retomada de momentum nas relações sino-americanas após o encontro entre as partes na Coreia do Sul. Trump não citou Taiwan em sua postagem sobre a ligação, mas elogiou relações entre os dois países.
Contexto e próximos passos
A China mantém postura de que Taiwan faz parte de seu território, enquanto os EUA não reconhecem a independência da ilha, mantendo apoio diplomático e militar indireto. A chamada ocorreu após semanas de atrito entre China e Japão, aliado dos EUA, com disputas que envolvem Taiwan e comércio.
Os dois lados apontam progresso em acordos comerciais, incluindo reforço de compras de soja americana pela China e flexibilizações temporárias sobre exportação de minerais críticos. O tom da comunicação aponta para continuidade do diálogo e maior cooperação em áreas estratégicas, como comércio e segurança regional.