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Ramaphosa aproveita ausência de Trump na cúpula do G20 na África do Sul

Ramaphosa abre G-20 com declaração final de 122 pontos no início, EUA ausentes; consenso fragilizado e expectativa de agenda norte-americana menor no próximo ano, com handover feito à Legação da África do Sul

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
South African President Cyril Ramaphosa addresses the opening plenary session of the G-20 leaders’ summit.
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  • Cúpula do G-20 em Joanesburgo teve declaração final de 122 pontos anunciada no início do encontro, quebrando a tradição de ser divulgada ao fim.
  • O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa destacou o multilateralismo, com a ausência dos EUA e a recusa em ceder o cetro a uma autoridade americana.
  • A declaração teve apoio unânime de todas as delegações presentes, exceto os Estados Unidos; a Argentina apoiou demandas de Washington.
  • A Casa Branca acusou a África do Sul de instrumentalizar a presidência rotativa e prometeu restabelecer a “legitimidade” do encontro quando os EUA assumirem o papel no próximo ciclo.
  • Analistas veem possibilidade de reversão do progresso no próximo ano, quando Washington sediará a cúpula; o handover ocorreu no Ministério das Relações Exteriores da África do Sul, sem um representante senior dos EUA.

A cúpula do G-20 ocorreu neste fim de semana em Johanesburgo, na África do Sul, com o presidente Cyril Ramaphosa defendendo o multilateralismo. A ausência dos Estados Unidos — que não participaram da cerimônia de jeito tradicional — foi marcada por mudanças nas tradições e pela busca de foco em interesses africanos.

Ramaphosa surpreendeu ao divulgar a declaração final de 122 pontos no início da reunião, em vez de ao fim. O texto tratou de temas como dívida africana, acesso a minerais críticos e fluxos financeiros ilícitos, além de pautas reconhecidas como controversas por autoridades americanas, como transição justa de energia, mudanças climáticas e igualdade de gênero. A declaração recebeu apoio unânime entre as delegações presentes, com exceção dos EUA.

Desdobramentos e posição dos EUA

A Casa Branca criticou o uso da presidência rotativa por parte da África do Sul e afirmou que buscará restabelecer a legitimidade das instituições do G-20 assim que Washington assumir a liderança novamente, na próxima semana. Analistas avaliam que, embora o texto tenha peso político, não é vinculante e pode ter impacto limitado sem a participação plena dos Estados Unidos.

Handover e reações

Antes da abertura da reunião, o governo americano manifestou interesse em enviar uma delegação para o handover do comando. Ramaphosa, porém, recusou entregar o cetro a um representante de menor escalão dos EUA, mantendo o ritual no Ministério das Relações Exteriores da África do Sul, que receberá o py. A opção de deslocar o ato para a Legação da África do Sul ficou acordada. O encontro também contou com a presença de outras delegações que apoiaram a agenda africana, ainda que Argentina tenha manifestado alinhamento com algumas demandas americanas.

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