- A UE discute confiscar as reservas do banco central russo congeladas, cerca de US$ 300 bilhões, para financiar a Ucrânia, via um empréstimo de reparação emitido pela Comissão Europeia.
- O plano prevê um adiantamento de reparação de $161 bilhões à Ucrânia, com reembolso condicionado à aceitação de reparações por Moscou; Bélgica e Euroclear são pontos de atenção.
- Ucrânia anunciou planos de comprar até 100 caças Rafale franceses e até 150 caças Gripen suecos nos próximos dez anos para demonstrar uso das reservas.
- Um acordo EUA-Rússia propõe usar parte das reservas congeladas para financiar a reconstrução da Ucrânia, com lucros indo para Washington e implicações para o papel da UE.
- O FMI estima déficit de orçamento da Ucrânia de US$ 65 bilhões em 2026-27 (sem itens de defesa), podendo chegar a US$ 155 bilhões com despesas militares; financiamento externo continua crucial.
O governo da Ucrânia divulgou planos para comprar até 100 caças Rafale franceses nos próximos 10 anos e, recentemente, também anunciou acordo similar para até 150 caças Gripen suecos. As compras integram uma estratégia de demonstrar uso efetivo dos ativos do banco central russo congelados pela UE para financiar a reconstrução de Kyiv.
A UE discute confiscar cerca de US$ 300 bilhões das reservas russas congeladas. A ideia é transformar parte desses recursos em empréstimo de reparação para a Ucrânia, com a Comissão Europeia como gestora e a participação de Estados-membros, sob pressão de Bruxelas para agir rapidamente.
Contexto financeiro
Fontes oficiais estimam déficit orçamentário da Ucrânia de US$ 65 bilhões para 2026-27, sem considerar despesas militares. Ao incluir gastos com defesa, o saldo pode chegar a US$ 155 bilhões no período, fortalecendo a necessidade de fontes externas de financiamento.
Cenário político e internacional
A proposta envolvendo a UE prevê a transferência de ativos russos para a Comissão, que emitiria um empréstimo de reparação. França e Alemanha já retiraram vetos, enquanto Bélgica mantém cautela por questões legais envolvendo a Euroclear, responsável por grande parte dos ativos.
Realinhamento de planos
Um novo desenho, apoiado por Washington, prevê que US$ 100 bilhões em ativos congelados sejam usados para a reconstrução da Ucrânia, com a parcela de lucros indo para os EUA. A leitura de especialistas aponta para uso de mecanismos que podem exigir garantias políticas e econômicas entre EUA, UE e Rússia.
Perspectivas de financiamento
A situação envolve um equilíbrio entre a execução de empréstimos condicionados a acordos com Moscou e a captação de recursos por meio de ativos congelados. Enquanto a UE pressiona pela tomada de decisão rápida, o FMI negocia com Kyiv um novo empréstimo, ainda dependente de apoio dos parceiros internacionais.