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Onda de protestos ambientais na Tunísia desafia o poder autocrático de Said

Protestos em Gabes contra a contaminação da CGT desafiam o governo de Said; tribunal adia pela terceira vez a paralisação da planta, enquanto o governo planeja reativar seis projetos químicos com próximo a 60 milhões de euros

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Manifestación contra la contaminación en Gabes (Túnez), el 15 de octubre.
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  • Protests em Gabes, Tunísia, aumentaram devido à contaminação tóxica da CGT, com denúncias de impactos à saúde e à economia regional.
  • Mais de duzentas pessoas foram atendidas por problemas respiratórios e centenas de crianças foram afetadas por emissões da planta química.
  • Um tribunal adiou pela terceira vez a paralisação da planta da CGT; a próxima audiência foi marcada para quatro de dezembro.
  • O governo pretende reativar seis projetos químicos na região, com orçamento próximo a sessenta milhões de euros, em vez de fechar as operações.
  • As manifestações refletem o descontentamento com o governo de Kais Said, que concentra poderes desde 2019, em meio à crise econômica e social, com altas taxas de desemprego e serviços públicos deteriorados.

Nos últimos dias, protestos em Gabes ganharam novas leituras sobre a crise tunisina. Manifestantes denunciam poluição tóxica da CGT e exigem o fechamento da planta da empresa. O governo adiou pela terceira vez a paralisação judicial da unidade.

A tensão social cresce em meio a cortes de serviços públicos, desemprego e uma economia estagnada. O complexo químico de Gabes emprega cerca de 4 mil pessoas e está ligado a uma região com taxa de desemprego próxima de 25%.

Protestos em Gabes e poluição

Milhares saíram às ruas para pedir o encerramento das atividades da CGT. Em setembro, mais de 200 pessoas, principalmente jovens, apresentaram problemas respiratórios em centros de saúde da região.

O governo informou que pretende reativar seis projetos químicos na região, com orçamento próximo a 60 milhões de euros, alegando tecnologias que reduzem emissões de gases tóxicos. A proposta não aponta data de implementação.

Justiça e resposta pública

Um tribunal de Gabes adiou novamente o procedimento sobre a paralisação da planta para 4 de dezembro. Organizações civis reiteram pedidos de fechamento da unidade e responsabilização por danos ambientais.

Análises indicam que a crise institucional tunisina, com Said consolidando poder desde 2019, encontra-se sob forte escrutínio por parte de segmentos da sociedade civil. Críticas destacam que a poluição seria um problema estrutural de décadas.

Contexto político e econômico

Desde o fechamento do Parlamento em 2021, o presidente Kaïs Saïd tem concentrado poderes e promovido reformas constitucionais. A renda média e serviços públicos deterioram o cotidiano, alimentando protestos contra o governo.

Em Gabes, o debate atual envolve equilíbrio entre manter empregos na indústria química e atender às preocupações ambientais. A região depende do complexo químico para a economia local, apesar das contestações sobre impactos à saúde.

Desdobramentos esperados

A próxima audiência está marcada para dezembro, sem indicação de solução imediata. Enquanto isso, organizações civis e parte da oposição consideram que as reivindicações ganharam força na região sul do país.

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