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Referendo pela Irlanda unida não deve repetir o Brexit, dizem analistas

Livro e roadshows alertam que referendo de unificação na Irlanda pode ocorrer de forma abrupta, sem preparo institucional, provocando convulsões políticas

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Fintan O’Toole, an Irish Times columnist, and Sam McBride, the Belfast Telegraph’s Northern Ireland editor, say the British and Irish political establishments are unprepared for a referendum.
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  • Dois jornalistas de diferentes lados da fronteira lançam o livro For and Against a United Ireland, analisando os prós e contras de a Irlanda do Norte deixar o Reino Unido para formar um estado com a República da Irlanda.
  • O livro foi publicado pela Royal Irish Academy e acompanha uma turnê de roadshows em Westminster, com foco no centenário da Comissão de Fronteira que selou a partição.
  • O alerta central é que um referendo abrupto sobre unificação pode provocar convulsões políticas e econômicas, e que a lição de Brexit ainda não foi assimilada.
  • Governo da Irlanda, governo do Reino Unido, Sinn Féin e a organização Ireland’s Future discutem o tema, mas não há data definida para um eventual referendo.
  • Os autores não endossam nem a unificação nem o status quo, apresentando argumentos sobre modelos constitucionais, impostos, serviços públicos, dívida e o risco de violência, para informar o debate.

O livro For and Against a United Ireland, lançado pela Royal Irish Academy, analisa prós e contras da unificação entre Irlanda do Norte e a República. A obra nasce em meio a debates acalorados e a uma nova rodada de roadshows em Westminster. O objetivo é apresentar dados e cenários de forma neutra.

Os autores, Fintan O’Toole e Sam McBride, defendem estudo cuidadoso sobre as consequências políticas, econômicas e sociais de uma mudança constitucional. Eles não endossam nem o status quo nem a unificação, buscando informar o debate público.

O lançamento ocorre na véspera do centenário de uma Comissão de Fronteira que consolidou a divisão entre as ilhas. O livro foi produzido no âmbito do projeto Arins da Academia, dedicado a investigar a Irlanda, Norte e Sul.

Roadshows devem passar por Westminster no início do próximo mês, ampliando o alcance do tema para o público britânico. A ideia é evitar uma votação de fácil enquadramento em 0 a 100, com consequências ainda não claras.

Os autores ressaltam que a lição do Brexit não foi absorvida e alertam para a possibilidade de novo referendo abrupto. A obra apresenta ensaios sobre cenários de unificação, cobrindo modelos unitários, federais e as implicações econômicas.

Especialistas destacam que o debate público ainda carece de discussões técnicas. Questionamentos sobre impostos, serviços de saúde, pensões e dívida pública aparecem entre os temas analisados no livro.

A relação entre políticas britânicas e irlandesas é frequente no diálogo público, com posições de Sinn Féin e de outros nacionalistas. Westminster é visto como chave para a evolução do tema, segundo os autores.

O livro não assume posição, apenas expõe argumentos comparando vantagens e riscos de cada caminho. O objetivo é estimular uma reflexão informada, sem conclusões ou prognósticos definitivos.

Contexto atual aponta para possível referendo em caso de mobilização política relevante. Governações e representantes precisam acompanhar tendências para lidar com cenários de maior polarização.

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