- No dia dez de novembro, Mehdi Kessaci, de vinte anos, foi morto por dois sicários em uma motocicleta no distrito norte de Marselha; a polícia investiga um mandante na prisão ligado à DZ Mafia (organização criminosa).
- No sábado, cerca de seis mil e duzentos moradores saíram às ruas vestidos de branco para protestar contra o narcotráfico e exigir justiça pela vítima.
- A manifestação ocorreu no local do homicídio e buscou enfrentar o silêncio, o medo e a omertà que cercam ativistas, educadores e moradores dos bairros mais pobres.
- O ministro do Interior classificou o crime como “assassinato por encomenda” e o episódio é visto como um desafio ao Estado francês.
- Marselha é descrita como a segunda cidade mais populosa da França, com histórico de violência ligada ao narcotráfico e divisão entre norte pobre e sul mais desenvolvido.
Na quinta-feira, 13 de novembro, Mehdi Kessaci, de 20 anos, foi morto por dois sicários em uma motocicleta no norte de Marselha. A polícia investiga o caso, com a hipótese de crime encomendar por liderança na prisão, ligada à DZ Mafia.
No sábado seguinte, cerca de 6.200 pessoas saíram às ruas vestidas de branco para protestar contra o narcotráfico e exigir justiça pela morte de Mehdi. A manifestação reuniu figuras políticas locais e nacionais, como Yaël Braun-Pivet e Benoît Payan, entre outros.
Contexto e motivações
A investigação aponta para um possível mandante dentro da prisão, ligado à DZ Mafia, como responsável pelo atentado. O ministro do Interior, Laurent Nuñez, qualificou o ato como um crime de intimidação, associando-o ao avanço de um regime mafioso nas áreas afetadas pelo tráfico.
Desdobramentos e participação política
A passeata ocorreu no local do assassinato, com participação de líderes locais e nacionais que destacaram a necessidade de combater o silêncio, o medo e a omertà que cercam ativistas, educadores e profissionais das comunidades. Amine Kessaci, irmão da vítima, pediu justiça social e apoio a organizações que atuam nesses bairros.
Repercussão na cidade
Marselha, segunda maior cidade da França, mantém histórico de violência ligada ao crime organizado. A atuação de bandas afetou a vida cotidiana, especialmente nos bairros Norte, onde a polícia acompanha o desdobrar do caso e a mobilização da sociedade civil para enfrentar o problema.