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Lula sai derrotado da COP 30 sem avanço no fim dos combustíveis fósseis

Brasil anunciará dois mapas do caminho por conta própria após COP 30 não abordar fim dos combustíveis fósseis, gerando impasse

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Lula voltou a Belém, nos últimos dias, para pressionar as negociações das propostas do governo. (Foto: Sebastião Moreira/EFE)
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  • COP 30, em Belém, terminou sem o mapa do caminho para fim dos combustíveis fósseis nem para zerar o desmatamento, mesmo com apoio inicial de cerca de vinte países.
  • Países árabes, China e Índia resistiram, o que impediu avanços sobre o tema; o texto final não mencionou as propostas de fósseis.
  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse estar satisfeito com o “sucesso” do evento, afirmando ter iniciado o debate sobre o mapa do caminho.
  • O governo brasileiro informou que criará, por conta própria, dois mapas do caminho para desmatamento e transição energética.
  • O encontro teve bate-boca entre delegações e críticas à condução do processo; houve avanço tímido no financiamento de adaptação climática, sem valores definidos.

O documento final da COP 30, realizada em Belém, não menciona o mapa dos caminhos para o fim dos combustíveis fósseis nem o roteiro para zerar o desmatamento, conforme defendia o governo brasileiro. A proposta enfrentou resistência de países árabes, China e Índia, que impediram avanços sobre o tema.

Lula tentou impor as metas e abriu espaço para o debate, inicialmente com apoio de cerca de 20 países, entre eles Colômbia, Reino Unido, França, Suécia e Ilhas Marshall. Mesmo assim, o texto final não incorporou as propostas consideradas centrais pelo Palácio do Planalto.

Após o encerramento da COP 30, o governo anunciou a criação de dois mapas do caminho por conta própria, para enfrentar o desmatamento e a transição energética. O anúncio ocorreu em meio a um clima de acalorada troca de palavras entre delegações, no que ficou descrito como bate-boca institucional.

Desdobramentos e reação internacional

O presidente da COP 30, André Corrêa do Lago, afirmou que as iniciativas nacionais servem para superar a dependência dos fósseis de forma ordenada. Delegações latino-americanas, como Colômbia e Panamá, manifestaram preocupações sobre procedimentos e pedidos de fala não atendidos, o que gerou tensões entre as delegações.

Na avaliação de observadores, o texto final avançou apenas de forma tímida no financiamento da adaptação climática, com o objetivo de ampliar recursos até 2035, sem detalhar os valores nem o papel das partes envolvidas. O episódio acabou destacando a dificuldade de chegar a um consenso sobre combustíveis fósseis e desmatamento no atual ciclo de negociações.

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