- FAA emitiu advertência contra voos sobre Venezuela por risco potencial, válida até 19 de fevereiro, com precauções e necessidade de notificar 72 horas antes quem planejar entrar no espaço aéreo venezuelano.
- Porta-aviões Gerald Ford participa do desdobramento naval dos Estados Unidos próximo às águas venezuelanas, ligado à Operação Lanza del Sur; início de uma nova fase pode ocorrer nos próximos dias, com missões encobertas em estudo.
- Governo dos Estados Unidos planeja tornar o cartel de los Soles uma organização terrorista a partir desta segunda-feira, ampliando as opções de atuação e mantendo portas abertas a contatos diplomáticos com Caracas.
- Companhias Iberia, Avianca, TAP e Gol cancelaram voos para Caracas neste sábado; ajustes de rotas já são feitos por voos venezuelanos e outras empresas.
- Governo venezuelano e autoridades locais não divulgaram medidas, enquanto autoridades dos EUA sinalizam possível queda de Nicolás Maduro como objetivo de operações, segundo fontes consultadas.
A FAA dos Estados Unidos emitiu uma advertência contra voos sobre a Venezuela devido a uma possível situação de risco. A medida ocorre em meio ao aumento da atividade militar na região, com o porta-aviões Gerald Ford integrando o relato de operações de combate ao narcotráfico.
Companhias aéreas como Iberia, Avianca, TAP e Gol anunciaram a suspensão de voos programados para Caracas neste sábado. A aviação venezuelana também ajusta rotas e procedimentos, em meio a uma atmosfera de incerteza sobre os próximos passos da Administração de Donald Trump.
Uma nova fase poderia ter início em breve, com missões encobertas no radar e a possibilidade de queda de Nicolás Maduro. A designação do cartel de los Soles como organização terrorista efetiva a partir desta segunda-feira é citada por fontes, com conversas entre EUA e Venezuela destacadas como potencial caminho para desfecho diplomático.
Novos desdobramentos na fronteira aérea
O Departamento de Estado dos EUA já incluiu no passado vários cartéis de drogas na lista de organizações terroristas; a inclusão do cartel de los Soles estaria associada a ações contra a liderança venezuelana. A medida abre, segundo fontes citadas, possibilidades de ações contra infraestrutura e ativos de Maduro, ainda que haja abertura a contatos diplomáticos.
A FAA não impede voos, mas orienta que as companhias aéreas adotem maior precaução devido à deterioração da situação de segurança e ao aumento da atividade militar. O aviso, válido até 19 de fevereiro, exige avisos com 72 horas de antecedência para operações que entrem no espaço aéreo venezuelano.
As reações incluem ajustes de trajetória por parte de companhias venezuelanas e internacionais, com o INAC de Venezuela sem divulgar medidas específicas. American Airlines já não cruza território venezuelano; Delta evita sobrevôos, enquanto United não respondeu.
Interferências no GNSS, relatório da FAA, aumentam os riscos para descolagens e aterrissagens. A agência cita ainda o envolvimento de preparativos militares e mobilização de milhares de soldados e reservas, ampliando tensões na região.
A campanha militar contra o narcotráfico, classificada pelo governo americano como combatendo atividades de narcolanchas, gera críticas sobre legalidade, com questionamentos sobre os objetivos estratégicos. A recente passagem do Ford intensifica as especulações sobre ações futuras na Venezuela.
