- Hospitais de Gaza estão sem suprimentos básicos, com estoques de gaze, antissépticos, termômetros e antibióticos chegando ao limite.
- Nos últimos dias, bombardeios israelenses deixaram mais de cinquenta mortos e mais de cem feridos, agravando a crise de saúde na região.
- O diretor de enfermagem do Nasser Hospital, Mohammed Saqr, afirma que não houve grande mudança desde o cessar-fogo e que os ataques continuam.
- Organizações humanitárias dizem que, apesar de centenas de toneladas de ajuda, faltam remédios e equipamentos; médicos sem fronteiras relata atendimentos a pacientes feridos em Gaza.
- A saúde em Gaza registra mais de trezentas mortes desde o cessar-fogo; há discussões sobre próximos passos do acordo, incluindo criação de um comitê de tecnocratas e a presença de uma força internacional.
Nos últimos dias, novos bombardeios em Gaza deixaram mais de 50 mortos e mais de 100 feridos, segundo relatos de profissionais de saúde e organizações humanitárias. Hospitais ainda enfrentam escassez de insumos básicos, como gazes, antissépticos, termômetros e antibióticos, agravando a crise no sistema de saúde.
Manteram-se relatos de falta de medicamentos e pessoal, mesmo após a entrada de parte da ajuda humanitária em cumprimento ao cessar-fogo. Médicos de diversos hospitais apontam crises diárias e déficits contínuos de suprimentos, com serviços de saúde operando com limitações severas.
A Agência de Saúde de Gaza e organizações internacionais destacam que pelo menos 13 hospitais continuam ativos, mas enfrentam dificuldades para atender a grande demanda, associada a malnutrição, condições climáticas adversas e novos surtos de doenças. O acesso a insumos médicos permanece inadequado.
Contexto e desdobramentos
O cessar-fogo, iniciado com a retirada parcial de forças e a libertação de reféns, aproxima-se de uma etapa prevista para sua conclusão, enquanto a comunidade internacional discute propostas de estabilização e governança. No entanto, recentes ataques interromperam o ritmo de assistência e complicaram a avaliação de impactos médicos na população.
O Ministério da Saúde de Gaza informou números de vítimas em novos ataques, com dezenas de feridos e mortos, incluindo crianças. Em contrapartida, o Exército israelense informou operações em resposta a violações verificadas do cessar-fogo, alegando neutralização de militantes e detenções em áreas próximas a Rafah e norte de Gaza.