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Avaliação de Inside the Situation Room aponta ideias pouco viáveis da era Trump

Livro reúne especialistas e gestores, mas aponta falha de engajamento entre academia e prática, mantendo abismo para 2029

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
A photo collage grid of Donald Trump, Marco Rubio, and J.D. Vance among stills from the Situation Room.
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  • Crise existencial na comunidade de política externa dos EUA é alimentada por falhas recentes (Iraque, Afeganistão, Líbia) e ceticismo em relação aos especialistas.
  • Inside the Situation Room, editado por Hillary Rodham Clinton e Keren Yarhi-Milo, reúne acadêmicos e policymakers para discutir tomada de decisão em crises.
  • O livro busca ligar a literatura acadêmica sobre tomada de decisão em crises a experiências de practitioners, com capítulos de Rose McDermott, Elizabeth Saunders, Jessica Weeks, Austin Carson, Catherine Ashton, Dennis Ross, entre outros.
  • Críticas indicam falta de engajamento entre capítulos, com exemplos de pouca interação entre Carson e Panetta ou O’Brien, e entre Saunders/Weeks e Victoria Nuland, além de contradições entre planos de operações e conselhos políticos.
  • A avaliação é que o livro não fecha o abismo entre estudiosos e tomadores de decisão para 2029, mas pode servir como referência para quem se tornar policymaker no futuro.

O livro Inside the Situation Room: The Theory and Practice of Crisis Decision-Making busca aproximar a literatura acadêmica da prática de políticas externas. Editado por Keren Yarhi-Milo e Hillary Rodham Clinton, ele reúne pesquisadores e ex-elegíveis assessores de segurança. A ideia é entender como decisões em crises podem fazer avançar ou frear políticas americanas recentes.

A obra reúne capítulos de acadêmicos renomados, como Rose McDermott, Elizabeth Saunders, Jessica Weeks e Austin Carson, além de figuras da prática, como Catherine Ashton, Dennis Ross, Leon Panetta e Robert O’Brien. O objetivo é demonstrar o estado atual do conhecimento e sua aplicação prática.

Entretanto, a avaliação inicial aponta um descompasso entre capítulos acadêmicos e relatos de policymakers. Em várias passagens, autores parecem conversar em planos distintos, sem integração entre teorias e experiências reais de decisão.

Descompasso entre teoria e prática

Conflitos entre Panetta, O’Brien, Carson e Victoria Nuland aparecem como exemplo. O texto destaca que a cooperação entre as vozes acadêmicas e as de prática ainda não foi construída de maneira efetiva, especialmente para previsões de 2029.

Os autores apontam que a ausência de diálogo entre capítulos compromete a utilidade da obra para quem atua na política externa. Em alguns casos, propostas de políticas não dialogam com análises sobre opinião pública e decisões no alto escalão.

Mesmo com contribuições valiosas, o livro é visto como um esforço lético para reduzir o abismo entre especialistas e tomadores de decisão. A leitura sugere que, no atual cenário, o objetivo de reduzir distâncias permanece desafiador.

Perspectivas para o futuro

Os coautores Clinton e Yarhi-Milo defendem que a obra oferece bases úteis para leitores que desejam entender crises passadas e pensar estratégias futuras. O foco é entender como decisões em situações de crise são tomadas e quais lições valem para a próxima gestão.

O conjunto de capítulos sobre negociações internacionais, operações de alto risco e avaliação de riscos oferece material que pode interessar futuros formuladores de políticas. A expectativa é que o diálogo entre academia e prática se fortaleça com novas obras e debates.

O livro sugere, ainda, que o condicionante momento político dificulta a prática de abrir espaço para que acadêmicos influenciem decisões rápidas. Mesmo assim, os editores destacam a importância de manter o debate entre teoria e prática ativo para 2029.

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