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Astrônomos registram em tempo real o nascimento de um planeta gigante a 430 anos-luz

Imagens de WISPIT 2b mostram um planeta em formação interagindo com um disco protoplanetário, desafiando teorias sobre sua origem e crescimento.

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Montagem do momento capturado pelos cientistas (Foto: Reprodução)
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  • Astrônomos capturaram imagens de WISPIT 2b, um planeta gigante em formação, a cerca de 430 anos-luz da Terra.
  • As observações foram feitas em agosto com o Very Large Telescope (VLT) no Chile.
  • WISPIT 2b tem aproximadamente 5 milhões de anos e uma massa cinco vezes maior que a de Júpiter.
  • O planeta está em um disco protoplanetário com quatro anéis e fendas, moldados pela interação com o material ao redor.
  • A pesquisa, liderada por Richelle van Capelleveen da Universidade de Leiden, foi publicada na revista Astrophysical Journal Letters.

Astrônomos capturaram imagens inéditas de WISPIT 2b, um planeta gigante em formação, localizado a aproximadamente 430 anos-luz da Terra. As observações, realizadas em agosto com o Very Large Telescope (VLT) no Chile, revelam a interação do planeta com um disco protoplanetário, desafiando modelos anteriores de formação planetária.

WISPIT 2b, com cerca de 5 milhões de anos e uma massa cinco vezes maior que a de Júpiter, está imerso em um disco de poeira e gás que apresenta quatro anéis concêntricos e fendas. Essas estruturas são moldadas pela interação do planeta com o material ao seu redor. A descoberta é significativa, pois WISPIT 2b é apenas o segundo planeta confirmado em uma fase tão inicial de formação.

Observações e Implicações

As observações em luz infravermelha mostraram que o planeta ainda brilha intensamente, indicando que emite calor residual de sua formação. Já a detecção em luz visível sugere que WISPIT 2b continua a acumular material do disco, crescendo constantemente. Essa descoberta fortalece a hipótese de que planetas gigantes de órbita larga podem se formar diretamente onde são encontrados, contrariando a ideia de que esses mundos migrariam para fora após se formarem mais próximos de suas estrelas.

O estudo, liderado por Richelle van Capelleveen, da Universidade de Leiden, e co-liderado por uma equipe da Universidade de Galway, foi publicado na revista Astrophysical Journal Letters. A observação de WISPIT 2b oferece uma oportunidade rara para estudar a formação planetária em tempo real, permitindo que cientistas investiguem como planetas gigantes se desenvolvem em discos protoplanetários ao redor de estrelas jovens.

Com essa pesquisa, os astrônomos esperam desvendar mistérios sobre a formação do nosso próprio Sistema Solar e, possivelmente, descobrir novos mundos em processo de nascimento.

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