- Governo da Grécia firmou acordo com a OpenAI para usar IA na educação, com piloto do ChatGPT Edu em escolas.
- Na próxima semana, treinamento intensivo será feito com professores de vinte escolas, para uso da versão adaptada para instituições de ensino.
- O programa será expandido nacionalmente em janeiro e terá monitoramento rigoroso no uso pelos alunos.
- Há receios entre alunos e docentes sobre impactos na aprendizagem, criatividade e na relação com os exames.
- A iniciativa ocorre em um momento de debate sobre riscos e benefícios da IA na educação, com autoridades destacando vantagens pedagógicas e cautelas.
O governo da Grécia firmou um acordo com a OpenAI para testar ferramentas de IA na educação. Um piloto com uma versão adaptada do ChatGPT será aplicado em escolas e expandido nacionalmente em janeiro. A iniciativa visa apoiar planejamento de aulas, pesquisa e ensino personalizado, com monitoramento rigoroso.
Na próxima semana, 20 escolas vão receber treinamento intensivo sobre o uso da IA. Inicialmente, os docentes aprenderão a operar a tecnologia para apoiar atividades em sala. A implementação gradual começa com professores, avançando para alunos mais velhos na primavera.
A iniciativa ocorre em meio a debates públicos sobre impactos da IA. Alunos e docentes têm manifestado preocupações sobre pressão acadêmica, privacidade e possível dependência de máquinas. O governo afirma que a implementação incluirá salvaguardas para evitar uso inadequado.
Autoras de educação e sindicatos discutem os alcances do projeto. Representantes da Olme, federação que reúne 85 mil docentes, destacam a necessidade de formação adequada e de evitar uma transição sem participação dos educadores. A equipe docente teme perda de autonomia em sala.
A OpenAI assume supervisão das melhores práticas para uso seguro e eficaz na escola. O objetivo é equilibrar inovação com responsabilidade, buscando evitar impactos negativos no pensamento crítico e na criatividade dos estudantes. O governo afirma que é um passo para posicionar a Grécia como polo tecnológico.
Críticas mais duras vêm de estudantes de ensino médio, que protestam contra mudanças rápidas no currículo. Em Atenas, um grupo de alunos argumenta que a IA não substitui o estudo tradicional e que medidas de apoio são essenciais para manter o ritmo de aprendizado.