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Mercado Livre amplia descontos na Black Friday frente a Amazon e Shopee

Mercado Livre cai quase oito por cento após acordo Amazon–Nu e investimento de US$ 19 milhões em cupons para a Black Friday, com analistas revisando lucros

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Black Friday: Mercado Livre reforça aposta em descontos diante de Amazon e Shopee | João Pedro Soares, analista do Citigroup, reduziu o preço-alvo da ação do MELI de US$ 2.700 para US$ 2.500 e citou “ruídos persistentes da concorrência”
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  • As ações do Mercado Livre (MELI) caíram quase 8% em horas, com recuo de cerca de 6% nas três semanas seguintes, após a Amazon fechar acordo com a Nu Holdings para ampliar pagamentos e crédito no Brasil.
  • O MELI investiu quase US$ 19 milhões em cupons para a Black Friday, o maior investimento já feito para o evento, aproximadamente o dobro do gasto da Amazon.
  • Analista do Citi revisou as perspectivas, com visão negativa de curto prazo de noventa dias, reduzindo o preço-alvo de US$ 2.700 para US$ 2.500, mantendo recomendação de compra.
  • A Amazon ampliou isenção de taxas para vendedores que usam a logística da plataforma e investiu mais de US$ 10 bilhões no Brasil, com cerca de um quarto desse valor nos últimos dezoito meses.
  • Temu, da PDD Holdings, registrou 105 milhões de usuários ativos mensais na América Latina no primeiro semestre de 2025.

O Mercado Livre domina o comércio eletrônico na América Latina, mas começa a enfrentar forte competição de players globais e asiáticos. A disputa se intensificou com anúncios de investimentos e acordos estratégicos para facilitar pagamentos e crédito no Brasil.

Nesta semana, as ações da MELI recuaram quase 8% em poucas horas e acumularam queda de cerca de 6% nas três semanas seguintes. O movimento acompanha a notícia de que a Amazon fechou acordo com a Nu Holdings para ampliar opções de pagamento e crédito aos consumidores brasileiros.

A empresa investiu quase US$ 19 milhões em cupons para a Black Friday, o maior desembolso já registrado para esse evento. A estratégia visa manter a liderança, mesmo diante de concorrência com preços baixos por parte de Shopee, Temu e Shein.

Analistas destacam que lucros da companhia podem sofrer sob o axe competitivo. O Citi revisou as previsões de curto prazo, reduzindo o preço-alvo de US$ 2.700 para US$ 2.500, mantendo recomendação de compra, diante de ruídos de mercado.

A Amazon intensifica incentivos, incluindo isenção de taxas para vendedores que utilizam a logística da plataforma. O objetivo é atrair fornecedores e ampliar participação no Brasil, onde os gastos com publicidade e infraestrutura pesam na operação.

Na região, a Temu, da PDD Holdings, soma dezenas de milhões de usuários ativos. Dados do primeiro semestre de 2025 apontam 105 milhões de usuários mensais na América Latina, segundo a Sensor Tower.

Diretores do Mercado Livre destacam a competição como motivadora de avanços. Em Buenos Aires, o dirigente da operação argentina afirmou que a chegada da Amazon elevou o padrão para o grupo.

Autoridades brasileiras já sinalizam medidas para regular importações de baixo custo, em especial de varejo asiático. O cenário busca equilibrar ganhos de eficiência com proteção de mercados locais.

Em entrevista, o Mercado Livre ressaltou que lida com rivais globais e regionais há anos, e que o objetivo é manter desempenho elevado e liderança em todas as regiões de atuação. O ambiente competitivo segue aquecendo o setor.

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