- A ministra da Economia do Reino Unido, Rachel Reeves, reuniu deputados do grupo parlamentar do Labour para buscar unidade na defesa de um Orçamento que pode abalar Downing Street.
- O primeiro-ministro Keir Starmer sustenta a ortodoxia fiscal de Reeves, que ganha importância para manter estabilidade política diante de críticas internas e do empresariado.
- O conjunto de medidas inclui congelamento de faixas do Imposto de Renda por dois anos, imposto sobre imóveis acima de duas milhões de libras e fim de boa parte da isenção de pensões privadas.
- Há a possibilidade de tributos adicionais sobre veículos elétricos e bebidas açucaradas, além de ajustes que afetam subsídios sociais.
- A credibilidade fiscal ficará sob avaliação da Office for Budget Responsibility, com mercados já demonstrando nervosismo diante do anúncio esperado.
A ministra da Economia do Reino Unido, Rachel Reeves, anunciou ao grupo parlamentar trabalhista um conjunto de medidas fiscais com o objetivo de equilibrar as contas públicas. O foco é aumentar a arrecadação sem elevar a alíquota do Imposto de Renda.
O governo trabalha para apresentar um orçamento que sustente as contas sob pressão de déficits herdados de administrações anteriores. Reeves defende rigor fiscal e já enfrentou críticas dentro do próprio partido e do setor privado por ajustes considerados impopulares.
O anúncio ocorre em meio a tensões políticas internas, com o primeiro-ministro Keir Starmer sustentando apoio à ministra. A apresentação está prevista para esta semana, com impactos esperados nos mercados.
Medidas propostas
A ideia central é congelar, por pelo menos dois anos, os patamares que elevam o imposto de renda quando há reajustes de renda. Também está em avaliação elevar o imposto sobre imóveis acima de 2 milhões de libras.
Outra linha em estudo é limitar grande parte da isenção de contribuições a fundos de pensão privados. Existem ainda propostas para aumentar tributos sobre veículos elétricos e bebidas açucaradas.
Contexto político e técnico
A tentativa busca cumprir promessas eleitorais de não aumentar o imposto de renda, ao mesmo tempo em que busca reduzir o déficit público superior a 22 bilhões de euros. A avaliação da credibilidade fiscal fica a cargo da OBR, que analisa as contas antes da previsão de implementação.
Mercados já reagiram com volatilidade em partes do cenário, caso as medidas avancem conforme descritas. A resposta dos deputados trabalhistas e o apoio político interno serão determinantes para a tramitação do orçamento.