- A BHP desistiu de uma nova abordagem de aquisição da Anglo American, encerrando a tentativa de frustrar a fusão entre a Anglo e a Teck Resources.
- A Anglo American rejeitou a proposta, dizendo que a combinação com a Teck é superior.
- As ações reagiram: a BHP subiu até um por cento e trezentos décimos por cento em Sydney e fechou com alta de seis décimos por cento; a Anglo abriu em Londres com ganho de até dois por cento, mas passou a recuar, pouco antes de ficar estável em torno de vinte e sete libras e nove pence por ação.
- Acionistas da Anglo e da Teck votarão em nove de dezembro sobre o acordo, que criaria uma empresa de cobre avaliada em mais de sessenta bilhões de dólares; reguladores de vários países também precisam aprovar.
- A operação ocorre em meio a cautela dos investidores com negócios complexos no setor de mineração, com foco em cobre de alta qualidade e no potencial crescimento orgânico da BHP.
A BHP retomou, de forma preliminar, uma abordagem de aquisição da Anglo American, mas a mineradora britânica rejeitou a ideia, alegando que a fusão entre Anglo American e Teck Resources continua sendo superior. A decisão ocorreu poucos dias antes das votações de acionistas entre Anglo e Teck, marcadas para 9 de dezembro, e ainda depende da aprovação regulatória.
A discussão surgiu após a BHP ter formalizado contatos com a Anglo, segundo apuração da Bloomberg News, citando pessoas familiarizadas com o assunto. A Anglo avaliou a proposta e concluiu que a combinação com a Teck ofereceria benefícios maiores para acionistas, mantendo o foco em seus planos atuais de integração com a parceira canadense.
As ações reagiram de modo desigual. No pregão de segunda-feira, a BHP registrou alta, enquanto a Anglo oscilou entre ganhos iniciais e quedas ao longo da sessão, variando conforme a percepção do mercado sobre a reviravolta estratégica. Investidores continuam atentos aos desdobramentos, pois a conclusão depende da conclusão de votações e da aprovação de autoridades regulatórias em países como China, EUA e Canadá.
A operação envolve ativos de cobre de alto valor e ocorre em um momento de demanda global aquecida pela transição energética. A BHP disse manter confiança no potencial de crescimento orgânico de seus projetos, mas não detalhou elementos apresentados ao conselho da Anglo. Analistas destacam que a aprovação regulatória costuma exigir robusta avaliação de impactos competitivos e de mercado.
A Reuters, a Bloomberg e veículos associados destacaram que a BHP já havia abandonado uma oferta anterior pela Anglo no ano anterior, e que a nova abordagem ocorreu em meio a uma disputa de alto nível entre duas zinhas do setor pela liderança em cobre. A Anglo, por sua vez, não comentou o assunto. As avaliações de mercado ressaltam a importância de acordos desse tipo para ampliar escala, especialmente em um setor com ativos escassos e alta demanda.
Fonte: Bloomberg News.
