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Reino Unido lança estratégia de minerais para reduzir dependência da China

Reino Unido lança estratégia de minerais críticos com fundo de £50 milhões para ampliar extração em Cornwall e atingir 50 mil t de lítio até 2035, diversificando suprimentos

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
A worker places batteries on a conveyor belt at a factory in China, which has a stranglehold on supplies of many vital materials. Photograph: AP
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  • Standoff entre China e UE sobre suprimentos de chips para automóveis evidencia dependência europeia e britânica de poucos fornecedores de minerais críticos, incluindo terras raras.
  • O primeiro-ministro britânico Keir Starmer anunciou uma estratégia de minerais críticos com fundo de até £50 milhões para ampliar a extração e o processamento no Reino Unido, principalmente em Cornwall.
  • O foco está em lítio, tungstênio, nióbio/terras raras e visa reduzir a dependência de um único parceiro até 2035, com meta de produzir pelo menos cinquenta mil toneladas de lítio no país até lá.
  • A estratégia busca expandir extração e refino domésticos, incluindo refinaria de hidróxido de lítio na Europa, considerada crítica para baterias de veículos elétricos.
  • O governo britânico aponta que, hoje, o Reino Unido produz 6% de suas necessidades de minerais críticos e pretende aumentar a produção nacional e o reciclamento para fortalecer a segurança econômica e estratégica.

O governo do Reino Unido anunciou uma estratégia de minerais críticos e terras raras para fortalecer a produção doméstica de insumos usados em tecnologia e indústria, como ímãs em motores elétricos e baterias. A iniciativa busca reduzir a dependência de fornecedores externos, especialmente da China, em meio a tensões comerciais recentes.

A medida envolve um fundo de até 50 milhões de libras para estimular a extração e o processamento de lítio, tungstênio, nióbio e terras raras. O foco está em Cornwall, onde há depósitos relevantes, com meta de ampliar a capacidade de produção e diversificar parcerias até 2035.

A declaração foi feita em meio ao cenário de parceria já existente entre o Reino Unido e os Estados Unidos para diversificar cadeias de suprimento. O governo destaca a importância estratégica dos minerais críticos para a indústria, mobilidade elétrica e tecnologia digital.

Estrutura de financiamento e metas

A estratégia prevê que, até 2035, nenhum mineral crítico seja dependente de mais de 60% de um único parceiro país. O plano também privilegia o aumento de processamento local, além da extração, para reduzir gargalos logísticos e custos.

Keir Starmer enfatizou que o setor é fundamental para a segurança nacional e a estabilidade da economia. A iniciativa visa incentivar reciclagem e desenvolvimento de cadeias de valor domésticas, contribuindo para preços mais estáveis e menos vulneráveis a choques externos.

A coordenação com outros países e investimentos em minas na Inglaterra, incluindo Cornwall, fazem parte do conjunto de ações. Em declarações, o governo destacou a necessidade de ampliar capacidades industriais para atender demanda global por materiais críticos.

Contexto internacional

A estratégia britânica surge após um impasse entre China e União Europeia sobre fornecimento de chips para a indústria automotiva, revelando vulnerabilidades em cadeias de suprimentos. A situação acelerou a busca por aliados e iniciativas próprias de extração e refino de minerais.

Dados internacionais indicam que a refinaria de hidróxido de lítio na Alemanha, a única na Europa, exigiu investimentos elevados e tempo significativo para ficar pronta, evidenciando o tamanho do desafio de ampliar produção europeia.

O objetivo é que o Reino Unido aumente sua participação na produção de minerais críticos, reduzindo custos e assegurando fornecimento para setores estratégicos, como automotivo, tecnológico e de energias limpas. O governo informou que, hoje, a produção doméstica responde por cerca de 6% da demanda.

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