- A China lançou um fundo nacional de inteligência artificial de 60,06 bilhões de yuan (aproximadamente 8,42 bilhões de dólares) para se tornar um centro global de IA até 2030.
- O governo planeja integrar a IA em setores estratégicos, como energia e carvão, na iniciativa “AI+”.
- A startup X Square Robot recebeu um investimento de cerca de 100 milhões de dólares, liderado pela Alibaba Cloud, para desenvolver um modelo de IA de código aberto voltado para robótica.
- O fundo é visto como uma resposta à competição global, com foco em casos de uso práticos e adaptação da infraestrutura existente.
- A Baidu anunciou ferramentas de IA para a terceira idade, enquanto analistas alertam sobre o risco de supercapacidade na infraestrutura de IA, enfatizando a importância da inovação em algoritmos.
A China está intensificando seus esforços para se tornar um centro global de inteligência artificial (IA) até 2030, lançando um fundo nacional de 60,06 bilhões de yuan (aproximadamente 8,42 bilhões de dólares). O governo anunciou planos para integrar a IA em setores estratégicos, como energia e carvão, dentro da iniciativa “AI+”.
Recentemente, a startup X Square Robot recebeu um investimento significativo de cerca de 100 milhões de dólares, liderado pela Alibaba Cloud. A empresa lançou um modelo de IA de código aberto voltado para robótica, destacando a crescente colaboração entre o governo e startups locais. Shan Zhiguang, diretor do Centro de Informação do Estado, afirmou que a China está “consolidando sua energia para realizar algo grande” na área de IA.
Apesar de enfrentar desafios na produção de semicondutores, a China está adotando uma abordagem diferente da dos Estados Unidos, que busca investimentos massivos. Enquanto empresas americanas como a OpenAI projetam necessidades financeiras de 115 bilhões de dólares até 2029, a China foca em casos de uso práticos e na adaptação de sua infraestrutura existente.
O fundo de IA, que tem como principal acionista o Fundo Nacional de Indústria de Circuitos Integrados, é visto como uma resposta à competição global. Clifford Kurz, da S&P Global Ratings, destacou que a China está utilizando seus recursos financeiros e talentos para superar as limitações em hardware avançado.
Além disso, a Baidu anunciou ferramentas de IA voltadas para a terceira idade, refletindo a diversificação das aplicações da tecnologia. No entanto, analistas alertam sobre o risco de supercapacidade na infraestrutura de IA, sugerindo que o progresso depende mais da inovação em algoritmos do que da quantidade de hardware disponível.
Com cinco anos até a meta de 2030, a China busca consolidar sua posição na corrida global de IA, mostrando um otimismo crescente em sua economia e na capacidade de suas empresas de inovar.