- Amogy, criada por ex-alunos do MIT, desenvolve catalisadores para “crack” da amônia, com eficiência até 70% maior que sistemas atuais, já demonstrando amônia como fonte de energia em drone, trator, caminhão e tugboat.
- A companhia tem parcerias com Samsung, Saudi Aramco, KBR e Hyundai, abriu uma instalação de pesquisa/manufatura em Houston e realizou pilotagens com a JGC Holdings.
- Samsung Heavy Industries assinou contrato multianual para fabricar os sistemas de amônia da Amogy, com início de entrega no próximo ano.
- Está previsto um piloto de 1 MW de amônia para geração de energia em Pohang em 2026, com expansão para cerca de 40 MW até 2028 ou 2029 e outros projetos com multinacionais em andamento.
- A estratégia é oferecer sistemas modulares de amônia para gerar energia, sem combustão de amônia e sem NOx, visando descarbonizar setores pesados como transporte marítimo, geração de energia, construção e mineração.
A startup Amogy, criada em 2020 por ex-alunos do MIT, firmou um contrato de fabricação de sistemas à base de amônia com a Samsung Heavy Industries. O acordo prevê entregas a partir do próximo ano, com foco em aplicações de energia movidas a amônia sem combustão.
A iniciativa faz parte da estratégia da Amogy de tornar a amônia uma fonte de energia viável para setores com alta demanda de potência, como transporte marítimo, geração de energia e indústria pesada. A empresa já demonstrou tecnologia de cracking da amônia que gera hidrogênio de forma mais eficiente que métodos convencionais e oferece cadeias modulares de células a combustível e motores.
Projeto piloto e metas de expansão
A Samsung Heavy Industries vai apoiar a fabricação multianual dos sistemas de amônia da Amogy. Em Pohang, no Sul da Coreia, está previsto um piloto de 1 megawatt de amônia para geração de energia em 2026, com expansão para cerca de 40 megawatts até 2028 ou 2029. A Amogy cita dezenas de projetos em andamento com multinacionais.
Contexto tecnológico e parcerias
A Amogy desenvolveu catalisadores proprietários que quebram a amônia em hidrogênio e nitrogênio, com maior eficiência e sem combustão direta da amônia. Além da parceria com a Samsung, a empresa já associou-se a Hyundai, Saudi Aramco, KBR e Samsung, entre outras. A visão é descarbonizar setores pesados ao combinar amônia com células a combustível e motores.
Perspectivas de mercado
Segundo a empresa, a alta densidade de energia e a infraestrutura existente para amônia facilitam a adoção em larga escala, especialmente para operações que demandam energia contínua e de longo alcance. A Amogy destaca que o objetivo é avançar a transição energética sem depender de fontes com maior dificuldade de armazenamento ou de logística.