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Mildiou ameaça vinhedos e transforma o cenário da produção de vinho mundial

Estudo revela que o mildiou se espalhou rapidamente após sua introdução na Europa, destacando variantes que ameaçam vinhedos globalmente

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Foto: Reprodução
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  • Uma nova pesquisa indica que o mildiou, doença que afeta vinhas, se originou nos Estados Unidos, identificado como Plasmapora Viticola.
  • O patógeno foi descrito pela primeira vez em mil oitocentos e setenta e oito e se espalhou rapidamente pela Europa e outras regiões, como África do Sul e Austrália.
  • O estudo, realizado pela equipe da Instituição Nacional de Pesquisa Agronômica (INRAE) em parceria com a Universidade Paris-Saclay, o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) e a Universidade de Groningen, foi publicado na revista Current Biology.
  • Os pesquisadores encontraram diversas variantes do mildiou, que se adapta a diferentes espécies de Vitis, incluindo a Vitis vinifera e a Vitis aestivalis.
  • O monitoramento das variantes do mildiou é essencial para prevenir novas epidemias e desenvolver variedades de uva resistentes.

Uma nova pesquisa revela que o mildiou, uma doença devastadora para as vinhas, se originou nos Estados Unidos. Identificado como *Plasmapora Viticola*, o patógeno foi descrito pela primeira vez em 1878 e se espalhou rapidamente pela Europa e outras regiões, como África do Sul e Austrália.

A equipe de cientistas da INRAE, em colaboração com a Universidade Paris-Saclay, o CNRS e a Universidade de Groningen, publicou um estudo na revista *Current Biology* que traça a origem do mildiou. Os pesquisadores encontraram uma diversidade impressionante de variantes da doença, que se adapta a diferentes espécies de *Vitis*. O mildiou, que ataca a *Vitis vinifera*, também se mostrou capaz de afetar a *Vitis aestivalis*, uma espécie nativa americana.

O estudo destaca que o mildiou foi introduzido na Europa por meio de plantas exóticas trazidas por botânicos e colecionadores. Menos de uma década após sua descrição, a doença já havia se espalhado pela Europa e, em 1907, atingiu vinhedos na África do Sul, Austrália e Argentina. Essa disseminação foi facilitada pelo comércio de mudas, especialmente após a crise do phylloxera.

Implicações para o Futuro

Os cientistas alertam sobre a necessidade de monitorar as variantes do mildiou para evitar novas epidemias. Atualmente, existem pelo menos três outras espécies de mildiou na costa leste dos EUA que podem atacar a *Vitis vinifera*. O conhecimento sobre a história do mildiou é crucial para o desenvolvimento de variedades de uva resistentes, um dos principais focos de pesquisa da INRAE.

A luta contra o mildiou continua, e a compreensão de suas variantes é essencial para prevenir a formação de novas cepas altamente virulentas. O estudo reforça a importância de medidas preventivas e do controle rigoroso na importação de plantas para proteger os vinhedos em todo o mundo.

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