- A produção de açúcar é um processo natural das plantas, com o açúcar-D sendo o único tipo metabolizado pelos seres vivos na Terra.
- O engenheiro Gilbert V. Levin desenvolveu açúcares-L, que não são metabolizados, e patenteou a glicose-L como adoçante.
- Levin também descobriu o tagatose-D, um adoçante com menos calorias, que é 92% tão doce quanto o açúcar comum.
- A Spherix Inc. criou açúcares especiais para as missões Viking 1 e 2 da NASA, que buscavam sinais de vida em Marte, mas os resultados foram controversos.
- O tagatose-D, considerado seguro pela FDA, ainda não foi aprovado pela Anvisa, mas pode aparecer em supermercados no futuro.
A produção de açúcar é um processo natural das plantas, sendo o açúcar-D o único tipo metabolizado pelos seres vivos na Terra. No entanto, o engenheiro Gilbert V. Levin desenvolveu açúcares-L, que não são metabolizados, e patenteou a glicose-L como um adoçante. Apesar dos altos custos de produção, Levin também descobriu o tagatose-D, um adoçante com menos calorias.
Nos anos 1960, a Spherix Inc. criou açúcares especiais para as missões Viking 1 e 2 da NASA, que buscavam sinais de vida em Marte. Esses açúcares eram quase idênticos aos comuns, mas com a diferença de não serem metabolizados pelo corpo humano. Levin sintetizou tanto glicose-D quanto glicose-L, mas enviou lactose-D e lactose-L devido a limitações técnicas.
A missão Viking 1, lançada em 1975, trouxe resultados surpreendentes, com um teste de Levin indicando a presença de vida. Contudo, outros experimentos não corroboraram essa descoberta, e acredita-se que os resultados tenham sido afetados por oxidantes presentes no solo marciano. Apesar da frustração, Levin criou um açúcar inédito.
Após a missão, Levin testou a palatabilidade do açúcar-L e constatou que os consumidores não notaram diferença em relação ao açúcar-D. Ele então patenteou a glicose-L, mas a produção continuava inviável. A pesquisa levou à descoberta do tagatose-D, que é 92% tão doce quanto o açúcar comum, mas com apenas 38% das calorias.
A Spherix desenvolveu um método mais acessível para produzir tagatose-D, patenteado em 1988. Embora considerado seguro pela FDA, o adoçante ainda não foi aprovado pela Anvisa. O futuro pode trazer novidades nas prateleiras dos supermercados com esse novo adoçante.