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Quem cuidará de nós na velhice? Desafios e alternativas de cuidado

A dependência do apoio familiar, majoritariamente de mulheres, reforça a urgência de ampliar serviços formais de cuidado e investimentos públicos

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
(Getty Images/Montagem sobre reprodução)
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  • Mulher de setenta e cinco anos, viúva, morava sozinha e passou a depender de ajuda em atividades diárias, mudando-se para a casa de um filho em outra cidade.
  • A rede de cuidado é predominantemente familiar, com noventa e oito por cento do suporte vindo de parentes e cento por cento de atenção de mulheres, em torno de setenta e dois por cento.
  • Mudanças na estrutura familiar, com famílias menores e morando em cidades diferentes, reduzem tempo e recursos para o cuidado.
  • A Política Nacional de Cuidados, aprovada em dois mil e vinte e quatro, exige investimentos em serviços de saúde e assistência social para ampliar o cuidado formal (centro de convivência, centro-dias, cuidados domiciliares, ILP).
  • O texto aponta que redes comunitárias, vizinhos e cuidadores profissionais também podem fortalecer o cuidado, destacando a importância de planejar financeiramente e fortalecer vínculos na comunidade.

A rede de cuidado no Brasil segue baseada principalmente na família. Segundo estudo citado, 90,8% do suporte a idosos vem de parentes e cuidadores próximos, com 72,1% das atividades assumidas por mulheres. Mudanças na estrutura familiar reduzem tempo e recursos disponíveis para esse cuidado.

O texto destaca que a população está envelhecendo rapidamente, em meio a desigualdades sociais, o que aumenta a demanda por cuidados sem que a oferta acompanhe o ritmo. Em resposta, reforçar o papel do Estado e da comunidade é visto como essencial para ampliar a proteção social.

Política Nacional de Cuidados

A aprovação da Política Nacional de Cuidados em 2024 é apresentada como marco para ampliar o cuidado formal. A proposta envolve investimentos em serviços de saúde e assistência social, como centro de convivência, centro-dias, cuidados domiciliares e instituições de longa permanência.

Caminhos para ampliar a rede

Especialistas defendem fortalecimentos de redes comunitárias, programas de apoio às famílias e ações de vizinhos e amigos. A ideia é criar uma oferta integrada de saúde, proteção social básica e especializada para idosos.

Daniella Pires Nunes, professora associada da Faculdade de Enfermagem da Unicamp, ressalta a relevância de planejar o cuidado a longo prazo e de reconhecer o direito ao cuidado como responsabilidade de família, comunidade e Estado.

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